segunda-feira, agosto 31, 2009

"You might need me more/ Than you think you will"...


Se milhares de outras não houvesse, uma razão para não votar na Ferreirinha a 27 de Setembro, data em que vou estar muito animado com o aniversário da sobrinha mais grande e outras cousas:
o Cavacôncio, está visto, andou a acumular veneno durante a travessia do deserto, monstros do défice e tal, pequenas viagens psicadelizantes pelo mundo fora, sempre discreto. Embora seja do conhecimento público pelo menos um episódio de 'bad trip' em plena campanha (a escalada do coqueiro), o Presidente, por inerência o cidadão mais regrado e sapiente da Nação -e da raça-, deve ser acompanhado por um Primeiro que possa aguentar alfinetadas. E picadas de escorpião, que é o que ele anda a distribuir generosa, desajeitada e desavergonhadamente. Uma autêntica 'bad trip'.
Já alguém olhou para a Ferreirinha e viu a nossa Camilla Parker-Bowles? Não?
Não permitamos que o nosso Príncipe Carlos/Rei Escorpião/Khavakhu, por imperativo biológico de desfazer-se de uma parte do veneno, cumpra a maldição 'each man kills the thing he loves'. Ficaria desfeito, o amor de meia vida, a Ferreirinha morta no início da coabitação estratégica pelo veneno acumulado do Chef Destado, o escorpião não resiste, perguntem à rã.
Apetece-me mais ver o Socras, detestável quand même, a bater o pé, a bater o pé, a bater o pé.
E a dizer aquilo lá de cima, daquela música dos The National.

quinta-feira, agosto 27, 2009

Aqui está uma bonita história de perseverança e ascensão social.

O Tetuzi Akiyama, belíssimo guitarrista, um Senhor, como costuma dizer-se (na foto com dois gajos que não querem dar a cara).


Emprestei-lhe a minha guitarra semi-acústica para os concertos de 2005 e 2006 em Portugal. Em 2006 eu ainda estava arrepiado com o que tinha visto em 2005 e o que me pareciam maus tratos ao instrumento em palco, mas a verdade é que não houve sequelas. Trabalho de mestre, portanto. E nem pestanejei em 2006 ao cedê-la para mais uns concertos. Grandes concertos, pelo que foi dito. Só estive presente no do Porto.
Agora, soube-se, o Tetuzi Akiyama (não está no myspace) é um dos músicos que participam no último disco do David Sylvian, que dizem ser o pico absoluto da obra do homem. Do Sylvian, bem entendido, não do Tetuzi. Esse ainda tem muito pela frente, não se iludam com o cabelo grisalho. Até eu estou a ficar assim, mesmo sendo tão jovem e enérgico.



Esta é uma posta mesmo muito fútil, mas estas coisas dão de comer e beber à alma, que fazer? Fiquei contente, portantos... Aqui deixo uma espécie de notícia.
Brinde ao Tetuzi Akiyama e ao tempo que passei, passámos (eu e a outra cara borrada) com ele, ao David Sylvian e ao álbum 'Manafon' e ao tempo que passou com o delicioso Tetuzi, e à minha bela e resistente guitarrinha. Tenho de lhe dar um nome, tipo 'Lucille' ou 'La Poderosa'. Alguma sugestão?

quarta-feira, agosto 26, 2009

O contrário é que seria surpresa.

Como se esperava, não há nada no site da Câmara Municipal do Porto sobre a morte súbita e funeral da Isabel Alves Costa. A pulhice, a inumanidade reinante ali na Avenida dos Alienados
não deixam sequer lugar ao menor módico de respeito. Assim sendo, declaro aqui que vivo na segunda melhor cidade do país (sim, gosto muito de Lisboa), gerida por um pulha economista que se especializou em demagogia e ilusionismo, um tiranete que só responde a entrevistas por escrito, um energúmeno que accionou os tribunais em busca do sentido de uma palavra quando podia ter recorrido ao dicionário, um imbecil feliz por poder conduzir máquinas voadoras com caução financeira da Câmara, uma besta perfeita que fez com que instituições históricas do Porto voassem para Gaia (sofrendo, no percurso, derrotas históricas, uma vez que o vencedor é o seu maior inimigo), um moralista de terceira que pretende entregar de bandeja o processo de demolição das torres do Bairro do Aleixo a um incumbente que está a ser investigadíssimo por corrupção, mas nada temam!, gentes do Porto, que está a acabar-se a era dos supermercados de droga. Vai nascer ali o melhor condomínio privado (melhor que o nosso) e com melhores vistas desta pequena choldra e grande chatice que é o território entre a Circunvalação e o Rio Douro. Pois que, para o grisalho economista incapaz, o Porto é isso. Não. Felizmente, é mais do que isso e muito mais do que ele.
E, agora que vem aí o FIMP (sei que, se estivesse a falar com a cavalgadura, teria de soletrar 'Festival Internacional de Marionetas do Porto', porque decerto não saberia, a cavalgadura, do que eu estaria a falar...), espero que os amigos da Isabel tomem de assalto o megafone e digam o que de bom, e só de bom, ocorre dizer sobre ela; gritem!... e, por decência e boa educação e delicadeza nunca retribuída, omitam os bem conhecidos nomes dos COVEIROS.

sábado, agosto 22, 2009

Mais um disco para as (minhas) listas de 2009.

Six Organs Of Admittance, 'Luminous Night'.
Ok, sim, é verdade, 'admitto', perdeu-se definitivamente a inocência dos primeiros discos, o solipsismo paranóico de fazer tudo sozinho e de fazer tudo soar estranho e desconchavado.
Houve obras primas e houve maravilhas nessa fase.
E há, agora, obra prima nesta fase. Em boa hora. É que o anterior 'Shelter From The Ash' deixou muita gente muito mal disposta. Não fosse a canção 'Shelter From The Ash' propriamente dita a salvar a honra da coisa, e estaríamos mal, muito mal.
Bem vindo de volta, luxuriante, folky, rocky, ethny, psycho, drunkard, crooner, 'free as fuck', Ben Chasny.

2 fotos do senhor:

antes dos Current 93, Six Organs Of Admittance, só ele. A abrir. E sempre a abrir nas seis cordas.

antes de perder a cabeça num concerto dos Comets On Fire.

quarta-feira, agosto 19, 2009

The return of the living Dad.

Pelos vistos, o nosso Pai Cavacão da Nação (e da raça, convém não esquecer...) tem dado instruções aos contínuos do palácio para que ajudem a filha-zombie-ideológica-preferida a elaborar, e citamos, "uma merdice que seja, que se pareça com um puto de um programa".
Perdoem esta clara colagem à versão "socretina" que trata este novo disparate do Público com o desprezo que cada vez mais merece, mas parece-me um tudo-nada lusco-fusco menos imbecil do que aquela fonte anónima da Casa Civil do Presidente. Que deve ter bebido largos cocktails com o jornalista antes de lançar a bomba de que Belém está sob escuta. E que não deve ter ainda percebido que, por estes dias, ninguém faz escutas. Simplesmente, a malta dos palácios bebe uns copos com os jornalistas. Ou com os amigos. Que bebem uns copos com jornalistas. É assim que se escuta.
Espantoso como os elementos da Casa Civil da Presidência da República ainda não perceberam nada disto. Em verdade vos digo, há por lá demasiados assessores que passam demasiado tempo em missas e a fazer puzzles tipo 'Conselho Nacional para a Ética e para as Ciências da Vida' em 24 peças.
Bem, o Cavacão já se tinha esquivado à futura tomada de posse do futuro Presidente da Guiné-Bissau com o argumento de que 'Portugal estará em plena campanha eleitoral'. Ou seja, o PSD precisa dele aqui, em permanência. Aí o temos, de novo, e para já assim. Vai ser pior. A tentar injectar vida na Ferreira. A ser pulhinha todos os dias.
Desculpem lá, mas na espuma da palhaçada dos dias, estou cada vez mais socretino.

quarta-feira, agosto 12, 2009

2ª vez na capa da Wire. Das duas, uma:


ou a revista tornou-se cada vez menos relevante, e quer ir lá atrás buscar os 'massive sellers'; ou a revista é o que é (e o que ela é, empiricamente, consiste em ser muito boa; conferir a chamada de capa para artigos sobre o Aki Onda e o Wlliam Basinski) e o David Sylvian está cada vez melhor.
Inclino-me práqui. Desde que editou um disco que enfureceu a classe média-alta que o usava há anos para acalmar com estilo e bom gosto as cólicas dos seus bebés - "Blemish", um disco muito pouco à David Sylvian. Aliás, acho que voltei a gostar dele ainda antes, naquela música em colaboração com o Fennész, "Transit" (que está aqui ao lado por uns dias, juntamente com outra qualquer que me permito escolher do repertório clássico de um gajo que a Wire volta a dizer que é o homem mais bonito do mundo. Arre, também já é exagero).
(junto foto do homem mais bonito do mundo ao vivo em Braga, 23 de Outubro de 2007)

quinta-feira, agosto 06, 2009

A gente é mais em câmara lenta durante as próximas semans

E uma dança assim devia ser tão obrigatória no Verão como a vacina da gripe o é no Inverno...


Um ano depois, volto a marrar nesta canção e neste veedeocleep. Dos 'Of Montreal'.

Daqui a uns dias, em Portimão, muito mal acompanhados, estes.

My Bloody Valentine 'only shallow'





Pensavam que ia esquecer-me destes? Logo hoje, que estão no meio de nós?



É verdade, é lá longe no Alentejo, pela costa. Mas estão outra vez no meio de nós, como se costuma dizer na missa. E eu, bem sabem, a minha missa é esta.
Ah, e o vizinho Tiago volta a aparecer neste veedeo: pólo branco mais ou menos ao centro, a sentar-se, muito pacífico, no fim da cantiga.
'Brainy', o grande clássico que nunca apareceu por aqui. Tinha de ser, um dia. Ora, viva o dia.

Tudo vai bem no melhor dos mundos, mas...

...sinceramente a malta da Avenida da Boavista, Circunvalação, Vilarinha e outras zonas de que não sei o nome... e não querendo nós estragar a nostalgia daqueles que passaram um bom bocado com a brincadeira dos motores e do barulho e do cheiro e do desassossego e da poluição à volta do Parque da Cidade (a menina dos olhos do Rio), e do fiasco de bilheteira e de emoção (diz quem sabe)...
Será que podem vir retirar as barreiras do magnífico e vetusto Circuito Histórico da Boavista?
É que já lá vai um mês e, quer dizer, a festa tem aquele ar de que já acabou. Há um mês.
Nada. Talvez vão ficando, as barreiras, falta pouco para daqui a dois anos, talvez fiquem por aqui. Talvez seja uma opção. O bronco continuará por cá. Oh, logo agora que o opositor é uma mulher com um pé no Porto e outro em Bruxelas.
Bem, seja como for, será que o executivo municipal pode restituir um aspecto normal a esta zona da cidade um mês após as corridinhas? Vamos lá olear essa competentíssima máquina de restabelecimento das circunstâncias iniciais (nada como ter cursado Direito para falar com as bestas de igual para igual).

quarta-feira, agosto 05, 2009

E, a 28 de Julho, às 21:10...

...a Júlia veio para este lado, conhecer a cidade e o mundo e as gentes.
Os pais, de tão contentes, devem estar com umas carinhas (quase) tão bonitas como a dela.
Fica no ar mais uma visita dos reis, dos magos, dos reis magos, dos príncipes, cortesãos, bardos, bobos, pajens, cavaleiros, clérigos, cronistas, amantes do Rei, amantes da Rainha, astrólogos, físicos da Corte, tutores, conspiradores, cozinheiros, ferreiros.
Exactamente os mesmos que também esperam para prestar homenagem e cócegas à linda Inês. (já a viram em fotos?)

terça-feira, agosto 04, 2009

SFMoMA
























































Acordei cheia de fome...











Quando forem a S. Francisco, além de levarem a flor no cabelo não percam a oportunidade de ir tomar o pequeno almoço ao Tartine um dos sitios mais fantásticos que já estive, tanto pelo serviço, extremamente simpático e despretencioso como pelas opções gastronómicas. Para almoçar não podem perder a " Cheesecake Factory" no 8º andar do Macy's, grandes vistas para a Union Square, excelente menu e mais de 200 tipos de cheesecake para provar á sobremesa. Quem imagina que a gastronomia dos States se resume a stakes e ketchup desengane-se, acordei cheia de fome a sonhar com estes dois sitios...