Dos que enchem e esvaziam o lar "feliz idade"; dos que o incendeiam; dos que deixam manchas de sangue no chão e das senhoras atarantadas que as tentam apagar; dos que debatem até às (nossas) lágrimas de riso quem é, afinal, mais doente e o que mais sofre; dos que partem as nuvens no boneco da nossa senhora de fátima (a mariazinha...); do espanhol que não quer ser espanhol e dos portugueses que só queriam ser pablos e pepes; dos polícias sem paciência para os velhos; da ala do lar com vista para o cemitério, para os terminais que não conseguem (ou não devem) chegar à janela - podia chamar-se "ala que se faz tarde"; do esteves sem metafísica do pessoa; do esteves do pessoa com metafísica quando começou a fazer-se muito tarde; do médico; dos arrependidos do Estado Novo, da carneirada e da bufaria e da falta de sobressalto nas vidinhas, tinha que ser...; dos da fé e dos da falta dela; dos filhos ausentes; das cartas piedosas à utente abandonada; das cumplicidades e das complacências; do plano inclinado da vida, a subir ou a descer; das memórias do senhor silva da barbearia, aos sábados; do tipo, que imagino com um ar quase godardiano, lá escondido; dos pides descolorados; pffui, tanta coisa e tanta gente mais neste livro...
Fico sempre estranho ao chegar à ultima página de um romance. E agora cresceu, e muito, um romance com o romance. Custa pô-los a todos, estes chanfrados, na prateleira.
Bem, só me resta agradecer isto que foi um óptimo bocado com uma boa gente. Bom valter hugo mãe.
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