domingo, maio 14, 2006
Em frente, marche, tuga!
Contra os Panhóis, contra os canhões, contra o Irão, contra o Irão-Contras, contra a corrente brava e arrastadiça, contra os mouros, contra os morcões, contra o tempo, contra os genéricos, os diletantes e os vagos, contra tempos e marés, contra isto e aquilo, contra mestres e contra sábios e gente antiga, contra baixos e aleijados, contra
pálidos e amarelados, contra fumadores e evitadores de ginásios, contra tristes e aborrecidos, contra vizinhos, contra a invenção de Israel, contra a inventona da Palestina, contra a pedra atirada e o míssil deixado cair que tanto faz, contra a pedra sobre pedra das civilizações, contra a informação, contra o gajo ao lado no metro que deixou de ler imprensa paga, contra o gajo que esbraceja pedante com um jornal pago, contra o 13 de Maio, contra o 25 do 4, contra o Boris Vian e o seu 37 de Julhembro, contra o 28 de Maio que está quase aí (corações e bracinhos ao alto), contra o monovolume, as portagens, os privilégios dos malandros dos atrasados mentais dos nossos deputados da nossa nação insana, contra os actos eleitorais ao domingo de boa praia e bolachinha americaaaaaaana!, e merda que lá se foi o aborto livre e a regionalização que ia dar tanto jeito ao meu genro, lá tem a miúda que ir trabalhar, porque é que não fui votar, era giro isto dos referendos, a única desvantagem era dar razão aos socialistas, que isto de votar no partido do Soares mete-me nojo, a descolonização e aquilo das bochechas e o filho metem-me nojo, não sei bem porquê mas sim, é o Soares, habituei-me a isto, detestá-lo, é de família e é uma coisa cá do Norte. Fora isso, a descolonização forçada a quem tanto precisa do cólon, o filho e essa coisas, aquela coisa das bochechas e isso, e a Casa Pia e tudo, fora isso até votava nele. Bem, adiante, contra a classe média que quando é preciso nunca aparece, parece envergonhada. Deve ser dos sacrifícios, mas era preciso encontrá-la. Contra o FCP, Rei absoluto da classe do esférico, contra quem come marisco com gosto e com sacrifício financeiro, contra os cãezinhos tão giros há um ano e que ninguém disse que iam crescer e comer demais, em frente sempre e em marcha ou passo acelerado ou a trote, tugazito, contra! Fim de filme, fim de genérico. Mas, é claro: contra o fim dos genéricos!
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