A borboleta dançante

Olá, olá.
Há já algum tempo que não vinha aqui postar, no condomínio postado.
Desta feita, aqui vai algo sem grandes floribellas, assim de chofre, algo da colheita de 2000etrocaopasso. E porquê postar? Porque está aí o verão no óleo de entrada. Porque é pessoal e transmissível, como na TSF. Enfim, a partilha pela partilha.
Com os meus fantásticos cumprimentos,
Jo Hannas


A borboleta dançante

Era a mais bela rapariga que existia,
um amor com tudo para ser perfeito,
como se costuma aldrabar nestas alturas.

Chegámos à Republica Dominicana em grupo,
e já no avião só tinha olhos para ela:
loira, sorridente, boas medidas.

A ilha era uma coisa inebriante,
o cheiro, a simpatia dos locais,
o álcool desses anos.

Foram dias de volúpia, de fértil imaginação,
nem uma dia menos jeitoso
me impedia de a procurar, de a querer.

Só tinha olhos para ela,
e ela procurava-me, parecia-me,
mas depressa fugia, a cabrita.

Te quiero, quase lhe disse,
és uma borboleta dançante, disse-lhe já em Portugal,
num poema de má memória.