Mesmo sendo eu proprio um Obama Man tenho que reconhecer que a comissao Nobel fez mais uma vez aquele tipo de escolha que e' menos uma recompensa por um trabalho mas antes um manifesto politico.
Também me parece statement político mas pode ser que assim se acalmem os ímpetos de atentado lá pelas américas. Confio que esta atribuição possa apoiar a (ainda) coerente acção da administração Obama entre Israel e Palestina e obrigar os fanáticos da extrema direita americana a refrear-se por mais uns meses. O problema é que o gajo tem de descalçar a bota do afeganistão e clarificar-se quanto à América do Sul (a questão muito mal cheirosa das Honduras, da Argentina, da Venezuela)... Mas pelo menos já não temos guarda-chuva anti-misseis na polónia...
Statement político europeu dirigido ao coração abrutalhado das américas do norte, do tipo "vejam lá o que fazem ao NOSSO menino"? Sim, é possível. De resto, muito coração e pouca cabecinha da Academia. Para quem tem o Afeganistão e ainda terá muito Iraque; para quem tem Paquistão, Irão, Coreia do Norte; para quem tem o urso russo para já pacificado pelo levantamento do escudo, mas mortinho por outra Geórgia (ou a mesma, tanto lhe faz); para quem tem uma Israel nucleo-negacionista e 'trigger-happy'; e os chatos lá em baixo - na Sudamerica - quem tem tudo isto e ainda lhe pespegam com o Nobel da Paz por antecipação esperançosa, bem, imagino que lhe apeteça fugir para um templo esquecido no Tibete. Ups, mas esses também estão lixados pelo invasor chinês. Nowhere to run.
3 comentários:
Pois também me parece, esperemos que a medalha pese nos ombros de quem a recebe por forma a lembrar que vai ter que fazer muita coisa.
Também me parece statement político mas pode ser que assim se acalmem os ímpetos de atentado lá pelas américas.
Confio que esta atribuição possa apoiar a (ainda) coerente acção da administração Obama entre Israel e Palestina e obrigar os fanáticos da extrema direita americana a refrear-se por mais uns meses.
O problema é que o gajo tem de descalçar a bota do afeganistão e clarificar-se quanto à América do Sul (a questão muito mal cheirosa das Honduras, da Argentina, da Venezuela)...
Mas pelo menos já não temos guarda-chuva anti-misseis na polónia...
Statement político europeu dirigido ao coração abrutalhado das américas do norte, do tipo "vejam lá o que fazem ao NOSSO menino"?
Sim, é possível.
De resto, muito coração e pouca cabecinha da Academia. Para quem tem o Afeganistão e ainda terá muito Iraque; para quem tem Paquistão, Irão, Coreia do Norte; para quem tem o urso russo para já pacificado pelo levantamento do escudo, mas mortinho por outra Geórgia (ou a mesma, tanto lhe faz); para quem tem uma Israel nucleo-negacionista e 'trigger-happy'; e os chatos lá em baixo - na Sudamerica -
quem tem tudo isto e ainda lhe pespegam com o Nobel da Paz por antecipação esperançosa, bem, imagino que lhe apeteça fugir para um templo esquecido no Tibete.
Ups, mas esses também estão lixados pelo invasor chinês.
Nowhere to run.
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