sexta-feira, janeiro 30, 2009

A Mana Calórica, após uma saída precária que não aproveitou para fugir, volta à Cadeia. De onde nunca devia ter saído.




Pois é, cambada, vamos estar na Cadeia que alguns insistem em chamar Centro Português de Fotografia. Eu, o Rui Costa e o cabecilha António Pedro Ribeiro. Às 18.00 do Sábado. Já sabemos que os que de entre vós são judeus não poderão estar. É o 'shabbas', já sei. Aprendemos isso no 'The Big Lebowski'. Anyway, toda a malta cristã é bem vinda, e também já sei que há cristãs de gema que estão em San Francisco. Sempre se escapam às nossas vis imprecações... Apareçam, pás. O sítio é lindo, e a poesia, pelo que diz o flyer, é de choque...

terça-feira, janeiro 27, 2009

Slow show. Deles. Exacto, "eles".



Acabadinhos de sair da cama, estes dois.

E a "black cab session" com os mesmos dois, acabadinhos de sair do pub.



"Black cab sessions". Vão lá. Estão lá eles (nem me atrevo a dizer quem, embora o label esteja lá e vocês saibam de quem estou a falar...), e a (o) Baby Dee, os Beach House, Bon Iver, Bill Callahan (Smog), Brian Wilson, Calexico, Damien Jurado, David Thomas Broughton, Death Cab For Cutie, Fleet Foxes, Lambchop, Lykke Li, Micah P., Richard Thompson, Scout Niblett, Sunset Rubdown, The New Pornographers, The Raveonettes, The Walkmen. E outros. E já que a grande Scout Niblett veio na leva e à liça, volto a insistir neste veedeocleep, "Kiss", com o Bonnie 'Prince' Billy, ou Will Oldham, ou Palace Brother. Uma grande canção do 2008 a pedir um grande 2009, "Kiss":

domingo, janeiro 25, 2009


Vejam até ao fim, vale a pena!

terça-feira, janeiro 20, 2009

"It was a Greek tragedy. Nixon was fulfilling his own nature. Once it started it could not end otherwise." Kissinger

“He was a sad man who so wanted to be great.” David Frost


Sabado passado o “The Independent” ofereceu o dvd da entrevista de David Frost a Nixon. Nunca a tinha visto, apenas excertos nalgum documentario sobre Watergate. A figura tragica, que o filme de Oliver Stone tao bem retratou, esta ali quase irreal por parecer tao vulneravel. Os comentarios de Frost no final, um “behind the scenes”, reforcam essa ideia. Num dado momento antes da entrevista, Nixon, homem que nunca fazia conversa fiada, diz “So, did you do any fornicating this weekend?” Comenta Frost que o esforco de Nixon para ser “one of the boys” era tao artificial que nem ele percebia o total desproposito da pergunta e da palavra em si. "The essence of Richard Nixon is loneliness" disse mais tarde Kissinger.
Nao sei o que podemos esperar de filme de Ron Howard, mas o tema vale definitivamente um filme. Pelos trailers tenho a sensacao que vamos perder a essencia daquela entrevista com teatralizacao excessiva de certos momentos que foram aparentemente menos tensos, e onde Nixon acabou por dizer mais do que queria. Como escreve um jornalista do "Times", Jeff Dawson:"Frost eases his guests into a nice warm bath, tenderly administering enough verbal loofah to exfoliate the demons."



E nao vale a pena ter ilusoes, numa era de “spin doctors”, nao vamos ter a entrevista com W. que todos gostariamos de ver.

segunda-feira, janeiro 19, 2009

The Fall hit the north, ontem.


Guilty pleasure? Too old to be true? Too olde to bee goode? Quero lá saber, os The Fall actuais são bons, muito bons.
Estes que deixo aqui em 2 cleeps também. Dos melhores The Fall de sempre, não os melhores. Discutível, claro. Mas esses não tinham medo do Mark E. Smith, se fosse preciso arreavam-lhe forte e feio, mesmo em palco.
Mas os actuais são bons e gostam dele e deixam-no ser mauzinho (aumentar todos os valores dos amplificadores dos músicos durante as canções) sem lhe baterem.
E, espanto, conheci-o na véspera e o gajo é... simpático. Assim não vale. Para onde vai o mito?

terça-feira, janeiro 13, 2009

segunda-feira, janeiro 12, 2009

Genial

Artigo de um cliente da Amazon.com sobre o livro "O segredo":



5.0 out of 5 stars The Secret saved my life!, December 4, 2007
By Ari Brouillette
Please allow me to share with you how "The Secret" changed my life and in a very real and substantive way allowed me to overcome a severe crisis in my personal life. It is well known that the premise of "The Secret" is the science of attracting the things in life that you desire and need and in removing from your life those things that you don't want. Before finding this book, I knew nothing of these principles, the process of positive visualization, and had actually engaged in reckless behaviors to the point of endangering my own life and wellbeing.
At age 36, I found myself in a medium security prison serving 3-5 years for destruction of government property and public intoxication. This was stiff punishment for drunkenly defecating in a mailbox but as the judge pointed out, this was my third conviction for the exact same crime. I obviously had an alcohol problem and a deep and intense disrespect for the postal system, but even more importantly I was ignoring the very fabric of our metaphysical reality and inviting destructive influences into my life.
My fourth day in prison was the first day that I was allowed in general population and while in the recreation yard I was approached by a prisoner named Marcus who calmly informed me that as a new prisoner I had been purchased by him for three packs of Winston cigarettes and 8 ounces of Pruno (prison wine). Marcus elaborated further that I could expect to be raped by him on a daily basis and that I had pretty eyes.
Needless to say, I was deeply shocked that my life had sunk to this level. Although I've never been homophobic I was discovering that I was very rape phobic and dismayed by my overall personal street value of roughly $15. I returned to my cell and sat very quietly, searching myself for answers on how I could improve my life and distance myself from harmful outside influences. At that point, in what I consider to be a miraculous moment, my cell mate Jim Norton informed me that he knew about the Marcus situation and that he had something that could solve my problems. He handed me a copy of "The Secret". Normally I wouldn't have turned to a self help book to resolve such a severe and immediate threat but I literally didn't have any other available alternatives. I immediately opened the book and began to read.
The first few chapters deal with the essence of something called the "Law of Attraction" in which a primal universal force is available to us and can be harnessed for the betterment of our lives. The theoretical nature of the first few chapters wasn't exactly putting me at peace. In fact, I had never meditated and had great difficulty with closing out the chaotic noises of the prison and visualizing the positive changes that I so dearly needed. It was when I reached Chapter 6 "The Secret to Relationships" that I realized how this book could help me distance myself from Marcus and his negative intentions. Starting with chapter six there was a cavity carved into the book and in that cavity was a prison shiv. This particular shiv was a toothbrush with a handle that had been repeatedly melted and ground into a razor sharp point.
The next day in the exercise yard I carried "The Secret" with me and when Marcus approached me I opened the book and stabbed him in the neck. The next eight weeks in solitary confinement provided ample time to practice positive visualization and the 16 hours per day of absolute darkness made visualization about the only thing that I actually could do. I'm not sure that everybody's life will be changed in such a dramatic way by this book but I'm very thankful to have found it and will continue to recommend it heartily.

sábado, janeiro 10, 2009

Onde está Jandek?





Hoje está no Porto.
Amanhã, procurem-no. Nós já não quereremos saber.

terça-feira, janeiro 06, 2009

Tzipi Livni: ainda houve um tempo em que o resto do mundo achou que ela podia ser uma boa notícia.

Sim, sim, qualquer país tem o direito à defesa. Mas nem todos têm o direito de manter territórios ocupados fora das suas fronteiras.
Sim, sim, as bestas do Hamas quebraram o cessar-fogo e lançaram uns rockets. Mas nem isso, quer-me parecer, é justificação suficiente para uma matança indiscriminada em que a cada meio dia multiplicam por 10 o número de mortos dos rockets originais.
Há 2 anos e meio, o Hezbollah sequestrou um soldado e estes gajos inventaram uma guerra completa, com tudo aquilo a que temos direito numa guerra.
E agora estão a fazer isto que vemos nas televisões, lemos nos jornais. Como se viver em Gaza já não fosse um sacrifício inimaginável antes disto.
Um dia antes da ofensiva terrestre na Faixa de Gaza, os palhaços militarizados de Israel garantiam que tal ofensiva não estava planeada. Em retrospectiva, acho que qualquer jornalista com eles no sítio deveria ter lançado gargalhadas ofensivas, com muito cuspo e piadas sobre circuncisões à mistura, mesmo que isso lhe custasse a carteira profissional. Se o Nuninho estivesse lá e não no Brasil, era o que faria.
Custa-me a crer como é possível tanta indulgência em relação ao único país do mundo que nunca assumiu que é uma potência nuclear. Assobia para o lado, e o resto do planeta também. Situação que tem a consequência imediata de nunca entrar em planos de não-proliferação de armas nucleares. Se, por milagre ou puro onirismo, o mundo acordasse livre do nuclear, Israel bandido ficava com todo o ouro pelo simples facto de sempre ter alegado que nunca roubou.
Ah, e agora sobre o título da posta: a Tzipi Livni, ex-provável primeira-ministra de Israel parecia sensata, sensível e, a alguns olhos, sensual. Bem, mas a senhora tem-se fartado de dizer que toda esta hecatombe é justificada e que ainda não há sinais de crise humanitária em Gaza...
Na década de 1940, quando se decidiu a criação de um Estado judaico, África foi uma das opções consideradas pelos E.U.A. (daí que seja inaceitável que alguém ache inaceitável quando se diz que Israel é uma coisa artificial, uma Disneyworld ainda com menos piada mas ainda com mais turistas, graças a Jerusalém). Ficou ali, um óbvio ninho de vespas, e logo se encarregaram de armá-la para as eventualidades. Tomou-lhe claramente o gosto. Se a ONU, uma bebé na altura, tivesse por absurdo inventado uma Israel na Europa, armada até aos dentes, já iríamos na V Guerra Mundial.
E tudo por causa de um livro. Um livro. Um livro.
O Mundo devia unir-se numa espécie de Guilda de Académicos, Críticos e Curiosos, Investigadores e Aborrecedores e declarar que todos os livros sagrados pertencem à categoria de 'romance/ficção/fantasia'.
E, pensando bem, é claro que estes filhos da puta não têm qualquer problema em provocar pequenos Armagedões. O Messias deles ainda não chegou; quando chegar, perdoa-lhes tudo.

segunda-feira, janeiro 05, 2009

Veedeocleep alegre, pois então!

Condomínio presents 'F.R.I.C.S. c/ José Cid: Nunca Me Engano E Raramente Tenho Dúvidas'.

E agora, uma das coisas giras de 2008.



A Scarlet Johansson a cantar Tom Waits com a ajuda do Dave Sitek dos TV On The Radio (cada vez melhores, estes gajos) e do David Bowie como menino dos coros.
O álbum completo não é pior do que esta amostra. Ou seja, é realmente razoável, muito tipo "satisfaz bastante".
Mas esta cantiga ainda é muito melancólica. Vou ver se encontro uma graaaande cantiga de 2008 que seja mesmo alegre e feliz, um raiozinho de sol, e mesmo assim uma grande cantiga.
É capaz de demorar.

Na devida altura declarei uma sincera devoção a este disco, mas ninguém ligou um c@r@l/-/0.

Agora, cada vez mais, tendo ouvido isto tão obsessivamente por todo o 2008 como em 2007 (e também 2008) devorei dois discos de uma banda de má memória para o Jonesy (abraço!), e vocês sabem de quem eu estou a falar, tenho mesmo de chamar a atenção para o Yoni Wolf, o cérebro dos Why?.
E vou fazê-lo com tanto cuidado que vou pôr aqui o veedeocleep do "The Hollows" e uma versão alternativa e respeitável, ao vivo, para quem não suporta veedeocleeps com skaters. Embora já devesse ser uma coisa aceitável desde que os Sonic Youth, em 1992, lançaram o single "100%".
Hãã, acho que alguns de vocês já têm isto, o álbum "Alopecia", aí num dvd qualquer. Procurem.




sexta-feira, janeiro 02, 2009

2009 é bem menino para ser um ano estranho.

Em termos estritamente musicais, temos os The Fall na Casa das Músicas a 17. É um 'clubbing' e já se sabe que os concertos na Sala 2 esgotam sempre, portanto, quem quiser ir lá ver se o Mark E. Smith ainda é o mesmo bestalhão (eu cá quero), apresse-se. Aqui em baixo (não é veedeocleep) aquilo a que soaram os The Fall no ano da desgraça de 2008. Nada mau, e por volta dos 4.00 uma reviravolta gira.



Em termos muito menos musicais, temos o concerto(?... sim!) do (esperem, este precisa mesmo de uma explicação wikipédica ou, coisa mais séria, o excelente 'guide to...') JANDEK. Jandek. Em Serralves, a 10, com projecção de documentário sobre a criatura a 9 (quase exclusivamente baseado em testemunhos de pessoas que alegam ter visto o homem no dia tal de tal a preparar-se para fazer isto ou aquilo, ou apenas a tentar sobreviver e escapar aos vizinhos presas fáceis de documentários tipo "sabe o que o seu vizinho relativamente famoso faz em casa?...").

Apetece, e aqui já estou a divergir, marchar aqui com um dos singles mais anti-single da História: Tom Waits, "What's He Building?"
: aqui está, 'darkly splendid': (vem muito a propósito quando se imagina um relato de vida feito por vizinhos)


O seguinte pedaço de entrevista é maravilhoso: pelo telefone, o jornalista pergunta-lhe sobre as pessoas que tocaram com ele num certo álbum. Coisa rara, o Jandek ter pessoas a tocarem com ele num qualquer álbum. Ele atrapalha-se, mesmo. Já não se lembrava de nada, provavelmente.
(agora, desde que decidiu sair do seu horrível armário e tocar ao vivo, já reconhece e contrata pessoas para tocarem com ele)
Vamos ver:




Vou lá. Encaro isto assim: Roma, Cidade Eterna amarelo-icterícia, e o seu Vaticano negro, psicotropizada em excesso e muito devedora dos cenários do Philip K. Dick, decide mover-se, viajar, passar pelo Porto e nós ficamos em casa e não vamos ver o Papa Doido. Não pode ser, tenho de tentar ir lá acenar com lenços negros.
Mas, para não enganar ninguém que, eventualmente, esteja a começar a achar piada à personagem e queira já garantir um lugar não ao sol mas à sombra negra do artista, fica aqui um veedeo que ajuda a perceber aquilo a que vamos estar expostos. Se for sem banda, é ainda um pouco mais, digamos, livre... Spooky.



Mas... há sempre um raio de sol: Damon & Naomi no Passos Manuel a 17. Ainda há uns meses vimos isto na Jo-Jo's


e, na mesma noite no Mercedes,


não tocaram isto, que tocaram umas horas antes para as almas sensíveis mas não-pagantes que estiveram na Jo-Jo's:



Mas nós é que temos a mania do 'Song To The Siren'... é a maldição deles, Damon & Naomi, o 'Song To The Siren'. São muito mais engraçados do que isso. E são, sempre, uma das mais perfeitas bandas sonoras para o mês de Janeiro.
Findas estas sugestões tão óbvias,

bom ano para a cambada.