sexta-feira, março 28, 2008

Au Clair de la Lune/ Cthulhu 1860

Eles dizem ser a mais antiga gravacao sonora existente. Acredito.
Eles dizem ser o "Au Clair de la Lune". Nao acredito. Cthulhu regurgita.

http://graphics8.nytimes.com/audiosrc/arts/1860v2.mp3

quarta-feira, março 26, 2008

Uma brincadeira sobre "o Fisco e os casais" e uma rolha de champagne que salta por mais um Casamento no condomínio.


Convidados: 150. (Declarar à DGCI).
Pais: 4 (regra legal).
Noivos: 2 (anacronismo católico).
Amigos dos pais: 247 (rever convidados, até à véspera). (Declarar).
Padrinhos: who cares, and who cares how many?
Menina das alianças: desde que não seja a Maddie... (Declarar inocência)
Mecenas do vestido de noiva: uma das mães, por norma; tirar as teimas com foto (digital, 3 megapixies, mínimo) do momento enternecedor da assinatura do cheque. (É que há que declarar).
Mecenas da lua-de-mel: não muito importante, até pode nem existir tal mecenas, mas se pudermos apanhá-lo em fraude fiscal flagrante (FFF), agradecidos. Importante será saber se correu tudo bem na lua-de-mel, 3 megapixies, mínimo. (Declarar só o que interessa).
Local da boda: há conflito de jurisdição. A Igreja Católica Apostólica Romana meteu-se ao barulho, o que fez com que, actualmente, não possamos meter-nos ao barulho, nós os das Finanças. Já há uma providência cautelar a caminho. Lamentamos qualquer desilusão. (Declarar não, confessar).
Local do copo d'água: não se preocupe com fazer-nos chegar essa informação. Se for lindo de morrer, vamos investigar. O estilo Eça de Queirós, cuidado, só falta dizer "o meu primeiro namorado e que mais me marcou era meu irmão". Fraude endogâmica é algo a que a Direcção-Geral das Contribuições e Impostos está especialmente atenta. Não declare, escreva.
Ourivesaria responsável pela ourivesaria: iremos à procura do contraste nas jóias. Se o contraste não estiver conforme, atacaremos o fotógrafo. Uma boa foto tem de ter bom contraste. (Pode declarar. Se preferir, dispare).
Catering: i love you, Catherine. Nunca te esqueci desde aquele Verão na Quarteira. A ti não te coimo. (Declare-se).
Fotógrafo/Realizador: ter especial atenção aos hippies dos 8mm. 35mm, isso sim, mas isso já era, e só para quem gosta de cinema. Era bom, e os Coen eram os melhores a filmar bodas. E há os terroristas do digital, alguns já têm HD e espalham veedeos piratas por sites piratas com um orgulho verdadeiramente pirata. Michael Mann, "Miami Vice", um disparate. Pior, só nos telemóveis dos liceus. No que respeita às fotos, se forem más, investigar a ourivesaria. Uma boa aliança tem de ter contraste válido. (declare que é 100% puro)
Padre, mestre de cerimónias, unidor redundante e confirmador de destinos gémeos há muito confirmados e consagrados entre nós e para nós, amigos: apenas uns óculos bem graduados e um sotaque engraçado, ou então um defeito de fala (prove que é muito boa gente, piedoso, competente, uma moca, 100% puro). Se não, coime-se.

Jonas e Noélia, o que vos estimo é o que vos desejo.

Nice Easter

terça-feira, março 25, 2008

Boa!


O cunhado vai traduzir uns contos do Lovecraft. Vai ser o início de uma bela colecção numa editora não muito acostumada a estas coisas do demo.

Mais bichos.






Não, não o atropelei. Abrenúncia!




Estava só a curtir sozinho, em solipsismo, um solzinho. Mas lembrei-me disto:


sexta-feira, março 21, 2008

L'expo qui rend fou

Damn it, isto já nós fizemos aqui no condom-inium!





Se querem mudanças de imagem baratinhas, diríamos até baratíssimas, vinde por aqui, carago.

É bom, isto.


O palavreado começa a tornar-se repetitivo, mas vamos lá: o amigo do condominho Tiago mostrou-me este disco dos Why?, "Alopecia", é do cara.o, é da Anticon (uma editora do cara.o).
O J. Bonifácio falou bem como o cara.o disto no último Ípsilon, e é estranho estar sempre a concordar com o que escreve o gajo a quem me apeteceu desfazer uma cadeira na respectiva focinheira barbuda, no Piolho (quase me fiquei por um "vai para o cara.o"), mas aquele cara.o, aquele cara.o, confio nele... Querem outra? Cass McCombs, "Dropping The Writ".
Outro amigo, do "Público", disse uma vez: "é um (...), mas escreve com a (...)". Foi uma excelente análise e eu concordei.
Anyway, sigam os Why? e não façam perguntas. É bom, aquilo.

quinta-feira, março 20, 2008

quarta-feira, março 19, 2008

Foi-se; nada de surpreendente derivado ao adiantado da idade, mas foi-se.


Morreu o velhote que me entusiasmava e assustava com uma beeeeela série de programas de 25 minutinhos com o estranho nome "O Estranho Mundo de Arthur C. Clarke". Provavelmente, já só o vi em reposição. Mas vi-o e era uma obsessão. Não li nada da obra escrita, vergonha, vergonha. "Nem o 2001"?!.! Nem o "2001"...
(podem dizer-me que o filme é isto, gigantesco, e o livro é aquilo, brilhante, mas o filme É o filme e... bem, já foi há muito tempo, mas li o "Shining" do Stephen King e fiquei esclarecido. Para mim, o Kubrick passou da profissão de realizador para o mester de alquimista, especialidade "transformar merda em ouro", quando acabou a coisa, o pesadelo Jack Nicholsoniano. Pensei que o Sir Arthur seria mais um escritor mediano com uma boa ideia a merecer a atenção do mestre, oh, mestre... No entanto, agora que penso nisso, o "Lolita" é uma adaptação do Nabokov. Outro mestre. Então, se calhar, se calhar... Mas não, não, o Stephen King...). Lembrei-me apenas do conto "The Nine Billion Names Of God", que aparecia transcrito no "Despertar dos Mágicos". Fui relê-lo agora, e, porra... Bom!
Algumas sugestões por aí? Vizinhos que foram mais espertos que eu e leram Arthur C. Clarke quando deviam?
Entretanto, homenagem cá do condómino (antigo 3º esquerdo, actual inquilino das águas-furtadas), homenagem sentida ao programa de TV, com pele de galinha. E basta isso: para mim há mais um imortal sete palmos abaixo do chão, ou em partículas no ar, ou em cinzas pela terra. Digo-vos: um dia, vão todos (os bons espíritos medonhos) acordar e divertir-se muito lovecraftianamente. E talvez marquem um festim no Tibete, quando estiver livre de filhos da puta.

sexta-feira, março 14, 2008

Pára tudo! Pára tudo outra vez!


Parece que alguém (leia-se alergiaoregime, dontpanic e o Alex, que ainda há pouco escolheu Berlim como destino de viagem porque eles iam tocar lá e conseguiu vê-los e não arranjou bilhetes para o concerto de 11 de Maio na terreola onde agora vive, e eu, que irei atrás deles outra vez) está com um bocado de sorte, como diriam os bretões do Astérix.
Vão aqui e procurem a data 10 de Julho. Parece que o cartaz ainda não inclui o nome, mas parece que incluirá.
O próprio cartaz ainda não sabe disto... Mas o site oficial, sim. E, na eterna luta "site/cartaz", o site enfarda no cartaz. Quer dizer, esperemos...

quinta-feira, março 13, 2008

Apetece sair à procura, lanterna na mão, mas...







...caríssimo alergiaoregime, já só há leilões para os bilhetes. E a coisa está a ficar selvagem, tipo base de licitação 75 euros...
Deixem-me que deixe aqui este veedeozinho do yutubo, com uma cançãozinha que eles nunca tocam ao vivo. O que é um pecado (dos antigos, porque parece que há aí coisas novas, pecados novinhos em folha a estrear, temos de experimentar isso, o Rat Singer não pára), porque é maravilhosa e o que maravilha as gentes não pode ser pecado e esta afirmação vale como compromisso com o inferno.
Aqui na terra, vamos tentar arranjar mais um bilhete. Cousa infernal.

quarta-feira, março 12, 2008

Food Fight

Food fight é uma animação que mostra o desenrolar de vários confrontos bélicos desde a 2ª Guerra Mundial, através de comida! Obrigatório!


Dúvidas sobre que pedaço de comida representa o quê, vão aqui.

segunda-feira, março 10, 2008

A verdadeira batalha dos sexos

http://advertising.mailonsunday.co.uk/cinema_ad/

PROCURA-SE

Pagam-se alvíssaras a quem encontrar um bilhetinho destes!

Perdeu-se por alturas de fim de Fevereiro em parte incerta do país...


Ó Alcides, desculpa a violação de direitos de Autor. Se quiseres caír-me em cima, Homem, cai-me em cima. Mas eu tinha de fazer isto. Mostrar isto.


O amigão Rui Costa organizou a coisa, a antologia, está muito bem temperada. E um homem, de seu nome Alcides, é o autor da 1ª micro-ficção desta antologia, e eu não resisto a despejá-la aqui, entre vós:
"Há basto tempo não vos conto meus domésticos vícios. Julgaram rotos leitores que a verga se calou, imune ao desafogo que na poesia esbate punheteira forma. Enganai-vos com prosa de só coçardes a dita em perambólica monha, eu vos perdoo. Rico não estou porém da estranja sina, alargo a experiência com tântricos remédios. No mosteiro de singeverga foi assim: o sacristão fendido ajudando a preparação do licor e eu esgalhando a mastodôncia pra cima do madeiro cá de trás. Cantou o coro com a gosma entrando plas bocas a afinar o vício, que a santonta desceu cá abaixo a ver se havia mais. E havia, fiz-lhe um soneto que ela perguntou se podia chamar um anjo pra lhe amparar a excedentária com as asas. O anjinho entalou-se com a dita e solfejou mais cedo, a superiora também quis. Jesus Cristo, dai-me disto. E dei eu, tomai deste céu. Santa senhora, que o sois menos agora. As asas do anjinho esburacadas do travasso assertório resvalando p'las hóstias, TVI à porta, o altíssimo de hossanas a pedi-las. E como não gosto que me peçam virei-me às câmaras e entalei o gorgulhão até se virem escuras, e foi assim que me amancebei com deus, que afinal é gaja e tem uma xauvineta que dá para encalcetar o Universo. E depois fui-me, com um sentimento bastante agradável a pingalhar o tapete."

Hum, afinal serviu para alguma coisa.


Entre 80.000 e 100.000 professores manifestam-se num Sábado. O treinador espanhol do SLB demite-se no Domingo.
Espero que o próximo ainda perceba menos de português do que o Camacho. Se for assim, o homem bate com a porta à primeira greve na fábrica da AutoEuropa. Fixe!

quinta-feira, março 06, 2008

Waving the partisan flag


Tendencia das series de humor do momento nos Estados Unidos,pelo menos as que chegam ‘a Europa e’ claramente liberal (utilizando a palavra no sentido da bipolarizacao americana liberal/conservador). Mas ha’ uma rara exepcao, o “South Park”. A serie “South Park” e’ pro-republicana, assim como e’ o filme “Team America”, o que e’ perfeitamente legitimo e traz algum equilibrio. Como disse Jon Stewart o facto de fazer comedia politica na televisao nao o obriga a uma isencao que seria exigida a um jornalista. O que me desagrada em Matt Stone e Trey Parker e’o disfarcado posicionamento ao centro, para no final de cada trabalho fazerem aquele apelo moral bem dentro dos ditames do GOP.
Mas e’ indiscutivel que os “elefantes” sao materia prima mais facil de trabalhar humoristicamente, e por isso merito a Stone e Parker.
Mas ha’ algo melhor que “The Colbert Report”?

quarta-feira, março 05, 2008

terça-feira, março 04, 2008

No blog for old men

Cormac McCarthy arquitecta.
Coen brothers desenham.
Llewelyn Moss e bela esposa,
Bela esposa e lovely mum ("I have cââncer").
Xerife Bell pensa e fala, bem.
Ajudantes do Xerife Bell falam.
Anton Cigurch (?) é Javier Bardem.
Javier o Grande Bardem.

Maria Gabriela Llansol, 1931-2008. Deixa-me dar-te uma fotografia.


Irrepetível. Páginas com filhos, que crescem até serem dança, canções, sonatas e sinfonias, fotografias, desenhos, teatro e talvez até novas páginas. Quase ninguém que a leu ficou quieto. Pensa-se nela, de vez em quando, quando se olha, quando se ouve.
Alguém que voou assim em vida, por onde andará agora?

segunda-feira, março 03, 2008

Xiii, patrão...


«"Um Poeta a Mijar" e Mana Calórica na Fnac do Gaiashopping

O livro "Um Poeta a Mijar" (Corpos Editora) de A. Pedro Ribeiro vai ser apresentado na Fnac do Gaiashopping com um concerto da banda Mana Calórica. O evento tem lugar no próximo dia 5 de Março, quarta, pelas 22,00 h. A Mana Calórica é constituída por A. Pedro Ribeiro (voz), Rui Costa (guitarra) e André Guerra (guitarra) e alia o spoken-word com rock e experimentalismo, interpretando temas como "Primeiro-Ministro", "Faca", "Droga" ou "Loirinha" (www.myspace.com/manacalorica). O livro "Um Poeta a Mijar" é um misto de surrealismo com beatnik, de espírito dionisíaco com xamanismo, de ironia com rock n' roll. A. Pedro Ribeiro nasceu no Porto em Maio de 1968 e tem publicados os livros "Saloon" (Edições Mortas, 2007), "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro" (Objecto Cardíaco, 2006), "Sexo, Noitadas e Rock n' Roll" (2004), "À Mesa do Homem Só" (Silêncio da Gaveta, 2001) e "Gritos. Murmúrios" (1988).»