sábado, dezembro 30, 2006

This post is untitled because the last thing we would want to do in this unholy life was to insult our pure, sinless, joyful muslim brothers


Boas notícias vindas da Somália. Parece que os Humanos estão a vencer uma organização sinistra chamada União dos Tribunais Islâmicos. Deus os ajude, O nosso, que é mais pachola, bem comportado e não tem uma tara por objectos cortantes.
Começou a peregrinação anual a Meca. Countdown para a queda da ponte, para a desintegração da estrada, para o som de explosão que causará o inevitável pânico que matará as tradicionais centenas de reses sacrificiais. Nada que abale aquelas fés...
Da mesma maneira que um dia acordámos a saber que o Saddam foi capturado heróica e temerariamente num buraco infecto por delação do senhorio a quem não pagava, um dia destes acordaremos a saber que o Saddam foi executado heróica e temerariamente num quintal infecto por reacção dos senhores que não devem nada a ninguém. Clap, clap, clap. Olho por olho, dente por dente, morte por mortes, supremacia moral por supremacia moral, pequenez por pequenez, ainda por cima virá de surpresa, e não se vai falar de outra coisa durante dias. Aposto que vai ser logo depois do fim de ano. Antes não, porque todas as televisões têm as suas agendas festivas e enviados especiais em Auckland, Sidney, etc... Dia 2, 3, por aí...

3 comentários:

Zzç disse...

afinal foi mesmo antes do ano novo

durtal disse...

É verdade, lá foi, o dependurado.

Dontpanic disse...

Para mim foi só ontem à noite, resultado de desterro voluntário para terras aldeãs nas imediações das de outro "jobem" que também viu chegar o juizo final pelas pernas tombadas de uma cadeira escorregadia. O ano entrou puro ao som desnorteado do sino de uma qualquer igreja perdida no fundo do vale. E a modos de uma vacinação esperançosa para todos os males que advirão em 2007 foi acompanhada de uma queimada com respectivos ditos:


Mouros, corujas, sapos e bruxas.
Demónios, duendes e diabos, espíritos dos nevoeiros.
Corvos, salamandras e meigas, feitiços das curandeiras.
Troncos podres e furados, lugar de vermes.
Fogo das Guerras Santas, negros morcegos,
Cheiro dos mortos, trovões e raios.
Orelha de cão, pregão da morte;
Focinho de rato e pata de coelho.
Pecadora língua de mulher má casada com homem velho.
Casa de Satanás e Belzebu, fogo dos cadáveres ardentes
Corpos mutilados de indescentes,
Peidos de cus infernais
Bramido do mar bravo
Barriga inútil de mulher solteira
Miar de gatos que andam à solta.
Guedelha suja de cabra mal parida.
Com este fole levantarei as chamas deste lume
que se assemelha ao do inferno
E fugirão as bruxas a cavalo das suas vassouras
indo-se banhar na praia das areias gordas.
Oiçam! Oiçam os ruídos que fazem
as que não podem deixar de queimar-se na aguardente
ficando assim purificadas.
E quando este preparo, passar pelas nossas goelas,
ficaremos livres dos males da nossa alma
e de todo o embruxamento.
Forças do ar, terra, mar e lume!
A vós faço a chamada:
Se é verdade que tendes mais força que a humana gente,
aqui e agora, fazei com que os espíritos
dos amigos que estão fora,
participem connosco nesta Queimada.