U2, "The Joshua Tree". The Arcade Fire, "The Neon Bible".Para já, para já, separam-nos exactamente 20 anos, 1987/2007. De resto, parecem-se bastante, tirando os números consolidados de uns e os previsíveis de outros.
Os U2, depois do "The Unforgettable Fire" (grande grande disco), deixaram, digamos, uns 2 milhões de fãs como bolhas à espera de rebentar. À espera do que iria sair do LP (sim, LP) seguinte. 3 anos e saiu "The Joshua Tree" (grande grande disco), carregadinho de religião, não muito apocalíptico, muito político. Os 2 milhões transformaram-se em 12 milhões de compradores em 2 anos, fora os que gravaram o disco do amigo numa cassete (sim, cassete). A capa era linda.
Os The Arcade Fire, depois do "Funeral" (grande disco), deixaram, digamos, muita gente à espera do próximo CD, sim, CD. Saiu "The Neon Bible" (talvez um grande disco), carregadíssimo de religião, muito apocalíptico, nada político. É capaz de vender, digamos, o mesmo que o anterior, descontando obviamente os downloads, sim, downloads. A capa é péssima.
Sabendo que desde o "Nevermind" o underground tende a ser mainstream, sabe bem ver toneladas de artigos sobre uma banda, para variar, boa. Em épocas de Bloc Party's, Kaiser Chiefs's, Arctic Monkeys's, Clap Yr Hands's (...), que até podem ser engraçados mas de hypes já estamos todos fartinhos, os Arcade são realmente bons. Pelo menos, até agora, vamos lá a ver. É que nem todos são tão bons e tão capazes de suportar a pressão como os Radiohead.
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