(não, não falo da Moura Guedes, deusmalivre.)
Contido e grave como nunca se viu, no primeiro capítulo do filme (sim, mais um filme dividido em capítulos. Mais parece que o Tarantino cresceu no meio da Biblioteca de Babel em vez d videoclube do bairro), o "director" ganhou definitivamente um lugar no Olimpo ou no Valhalla do Cinema. Depois da tensão, a massagem aos músculos do riso: a parada e recruta dos sacanas às mãos e sotaque do Aldo Raine. Vem-me à memória a parte da 'recruta' do 'Full Metal Jacket', mas não ainda não percebi porquê, porque não tem mesmo nada a ver. Depois: confusão, azares, trocas de identidades, violência, coincidências infelizes, sangue bué, a Torre de Babel a impôr-se à Biblioteca de Babel, três 'basterds' lost in translation, escalpes, Hitler em colapso, uma maravilhosa proprietária de um maravilhoso cinema, guerrilha desajeitada, gozo ao típico fã americano de basebol enquanto se mata um nazizito, a 'clique' do III Reich emocionada, à beira da lágrima, enquanto vêem um dos piores filmes da História, sotaques estranhos, telefones antigos, heróis de guerra fofinhos, a importância de gesticular correctamente na França ocupada, veterinários em horas extra, um negro na Paris resmungona e ocupada - 'o melhor projeccionista', tudo, tudo esmagado pela botifarra do capitão Hans Landa. O melhor de todos, o que fez com que o filme fosse feito, Christoph Waltz.
Sim, é bom, o 'Inglourious Basterds'.
2 comentários:
assino por baixo. muito bom!
Alguma alma generosa que saque, grave em DVD não manhoso, que o portatil cospe-os, e enviem para:
Quinta de S. Luiz
Estrada nacional 222
5120-012 Adorigo- Tabuaço
Que na altura que eu sair da clausura ja nao esta num cinema perto de mim.... :(
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