Blitzkrieg #2

Se isto é um homem Presidente.

Confuso, ilógico, vendettista, absolutamente perdido. Inédito. A tender para o traste. Mas um belo palminho de cara, mesmo assim.
Consegue, apesar de tudo, dividir a malta quando fala (ou alguém por ele e através dele):
o Pacheco Pereira saiu hoje da toca, seguro pela Guarda da Fala Presidencial;
e
isto, sinceramente, foi lido por acaso no site da Visão. Numa hiperligação gentilmente fornecida pelo Google news.
Como não dizia o outro, não é fazer as contas, é ler e comparar as dioptrias.

Blitzkrieg #1

A Praça de Lisboa

vista daqui.

Mavarilhado, contente, aliviado, agradecido...

Não consigo deixar de partilhar este pensamento com vocês.

Como alguns sabem a minha mãe foi operada ao coração recentemente. Felizmente correu tudo bem e começou agora uma longa recuperação. Para além de estar muito contente, agradecido, aliviado, e outras que não encontro palavras para descrever, estou também abismado e maravilhado com a evolução da medicina!

Expliquem-me como é possível depois de uma operação de 5 horas de coração aberto, estar-se em casa passado 4 dias como se fosse uma coisa normal?
Expliquem-me como é que hoje, passado apenas 6 dias, com duas cicatrizes enormes no peito e na perna, já não tem um único penso?
Expliquem-me como é que depois de 4 horas do coração parado, é preciso apenas um pequeno “empurrão” para ele ”pegar” outra vez?
Ainda há 30 anos, ou menos, estes mesmos problemas de coração eram fatais e não tinha qualquer solução.

Somos capazes de coisas fabulosas.

O corpo humano é um assombro e nosso cérebro ainda mais.

Sócrates humilde na noite eleitoral.

O novo Primeiro-Ministro, Paulo Portas. Sua eminência Paulo Sacadura Cabral. Fez muito bem em não deixar que o candidato derrotado, José Sócrates, fizesse o último discurso da noite.
Claro que o trucidado engenheiro assumiu, por actos, o estrondo da vitória de D. Paulo I e fez o seu discurso de derrota, como lhe competia, antes da consagração do Reino ao Cabral.
Há uns tempos, em entrevista a revista dominical, dizia S. Paulo que ainda quer vir a ter filhos. Pois a partir de amanhã cá estamos nós, dez milhões orgulhosos do Pai.
Abençoado Domingo Dia Santo.
Sócrates, tem lá paciência, a vida continua. Vai mas é tirar um curso.

Se busca la bestia !!!

Depois de se ter desapertado o colarinho assestam-se baterias à besta da inbicta.
Preparem os cães, os archotes e principalmente a caneta, porque este vai ser duro de roer!!!

P.S.: Oh dur(o)tal aquele cãozito maneiro que descansa ali para baixo tem agenda para as próximas semanas?

nada de os colocarem a todos no mesmo cesto, evita a asfixia e promove a omelete

Eleições.

Não é um dilema tãotãotãotão grande.
É só resistir à tentação do voto na Manuela, cansada, amarga, seca, antiga, desarticulada, chocha.
Tinha 24 adjectivos preparados para ela. Vou guardar a maioria para o Rio, que é mais vivinho.

As arrumações têm disto

O Pacheco Pereira conta-nos ao ouvido que...

...sente-se confuso; capaz de dizer, até, que anda fodido com isto, que está a correr mal como o caralho. O projecto dele. O país, uma Marmeleira sem chatos. E logo tinha de ser aquele imbecil a estragar tudo quando podia ter estado caladinho a lamber as feridas e os podres, que tão inspirada lhe saiu aquela tirada do "sobre questões de segurança só falo depois das eleições". Ganda burro que lhe saiu. Mas isso já nós dizemos há muito. Com linguajar do norte, como nesta ganda posta.
Incríveis os "mabalarismos" (cfr. MFL) da ex-vanguarda revolucionária, ex-vanguarda social-democrata, ex-pregador-do-concelho-mais-quente-de-Portugal, uma espécie de Simão (ou Simeão) no deserto. Faltam as colunas, a de pedra e a de osso. Triturador de Jorges Coelhos, Josés Magalhães (brrrr, que apelido) e biógrafo de deuses, depois inimigos figadais e fidalgais (Cunhal), enfim, é lixado e o gajo anda podre de lixado, quase diria "fodido". Em bom linguajar do norte. A quixotesca irmã é capaz de ser capaz de lhe explicar o quéqué isso de descer do pedestal e Fazer Coisas... Mas o doutor anda por aí em campanha, ninguém o apanha.

Novo Sylvian

E os 75 anos do Leonard Cohen. Pena que por estes dias, na net, só se veja o veedeozito do desmaio num concerto em Espanha.

Nada como queimar umas bruxas, beber um caldinho e ouvir um cantar extranho

Info para o ano

Relax and enjoy the ride

uma posta que junta o útil ao muito agradável (aquele boneco feioso já me fazia espécie!)

Quem quer ser primeiro ministro ?

Nada como um programazinho de humor para provocar uma paragem digestiva.

Eis que a gataria reentra ao estilo de decalcomania bolorenta, animada por um quase-ex a quem faltou um pouco de carvão vegetal na cara por forma a completar o pastiche forçado.

Tremo só de pensar que todos os aspirantes a ex vão seguir o ex na palhaçada populista logo depois de terem acabado de mostrar onde passam as cuecas a ferro e de esvaziarem o conteúdo daquela gaveta marota em directo para os jornais das noites.

O declínio da politica portuguesa avança para além das profundezas e penetra no lodo primordial.

reabilitar é preciso

Assim de repente, ocorrem-me os Verve para número 1 na lista 'a reabilitar'.
1º álbum deslumbrante, uma autêntica grande obra ao negro. Foram lixados por um single de enorme sucesso.

Cthulhu ataca

No Google News! "Fhghs V ghgh dh", diç (em mirandês no texto).
E virá do mar, claro. Como previu o Lovecraft. Vejam: "Litoral em risco", "Ministério do Ambiente reforça sinalização em praias de todo o país"...
O horror.

Parece que alguem se antecipiou à Tarantela

Sacanice pegada.

(não, não falo da Moura Guedes, deusmalivre.)


Contido e grave como nunca se viu, no primeiro capítulo do filme (sim, mais um filme dividido em capítulos. Mais parece que o Tarantino cresceu no meio da Biblioteca de Babel em vez d videoclube do bairro), o "director" ganhou definitivamente um lugar no Olimpo ou no Valhalla do Cinema. Depois da tensão, a massagem aos músculos do riso: a parada e recruta dos sacanas às mãos e sotaque do Aldo Raine. Vem-me à memória a parte da 'recruta' do 'Full Metal Jacket', mas não ainda não percebi porquê, porque não tem mesmo nada a ver. Depois: confusão, azares, trocas de identidades, violência, coincidências infelizes, sangue bué, a Torre de Babel a impôr-se à Biblioteca de Babel, três 'basterds' lost in translation, escalpes, Hitler em colapso, uma maravilhosa proprietária de um maravilhoso cinema, guerrilha desajeitada, gozo ao típico fã americano de basebol enquanto se mata um nazizito, a 'clique' do III Reich emocionada, à beira da lágrima, enquanto vêem um dos piores filmes da História, sotaques estranhos, telefones antigos, heróis de guerra fofinhos, a importância de gesticular correctamente na França ocupada, veterinários em horas extra, um negro na Paris resmungona e ocupada - 'o melhor projeccionista', tudo, tudo esmagado pela botifarra do capitão Hans Landa. O melhor de todos, o que fez com que o filme fosse feito, Christoph Waltz.
Sim, é bom, o 'Inglourious Basterds'.

Este querido mês de Setembro.

Bem vindo de volta. O mais-que-perfeito.