sexta-feira, janeiro 08, 2010

Sinais dos tempos que passam


Esta é a imagem de capa de um belíssimo disco: "Landings", do Richard Skelton. Já está comprável há algum tempo, mas só em mp3 e vinil. Saiu em cd por estes dias.
Nós, camponeses do cd a quem tanto custou dizer adeus ao vinil, somos encostados ao cantinho feio. Ultrapassados pela direita pela
1 - populaça sem prateleiras do mp3 legal e ilegal;
2- populaça do vinil novo, pesado, caro na FNAC, prateleiras IKEA, a malta do salto epistemológico 'vinil 1990 para 2007 com o cd pelo meio'.
Bem, demorou mas chegou a edição em cd do "Landings". Encomendar já. Mas mais uma pulhice: a capa do vinil é diferente. Mais bonita, claro.
Também tenho outra queixinha engasgada: Leyland Kirby "Sadly The Future Is No Longer As It Was". Cuméquié? Se quiser o triplo vinil, está tudo bem. Se quiser o triplo cd, está tudo mal. 500 cópias?? E não querem que um gajo passe o tempo em sites de pirateação? Tá mal. Pois olhem, já cá canta a custo zero. Quero um bom disco e sou sujeito a rateio como se fosse comprar acções da EDP? Sorry, só faço isso com os Current 93.
Mas o que eu queria mesmo era o triplo cd. E até tenho um bom gira-disquinhos em que, se quisesse, rodava esse Monumento. Mas não quero.
Tempos confusos, tempos confusos.
Se calhar é mesmo melhor assumir uma postura bíblica. "Tudo é vaidade", e isto inclui a paranóia da música descorporizada e, principalmente, do neovinil dos palermas.
Raispartam esta merda. A indústria musical não acerta mesmo. Pelo menos, comigo.

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