segunda-feira, maio 29, 2006

Eu, Comandante Alberto!

"Povo madeirense, não tenhais medo! A luta continua!". O congresso semanal do PSD foi desta vez na Madeira. Alberto, segundo noticiazinha no "Público", admite a possibilidade de não continuar a (sobre)viver no amplo seio da pátria portuguesa (mas notem o amor pela palavra, pátria), prevendo que o arquipélago seja "auto-viável". Mas João, apesar de tudo, vai com calma: não quer "independências do tipo Cabo Verde ou Timor", porque os sacanas dos cubanos do continente e a cáfila longínqua da União Europeia dão um certo jeito para manter, revista e aumentada, a "qualidade de vida da região". Vamos como as circunstâncias permitem. Comece-se pelo alicerce do edifício ideológico, numa açorda primordial chamada "unidade diferenciada", ou seja, "modelos político, jurídico e educativo obviamente diferentes das outras parcelas componentes do território nacional", para fugir às "leis absurdas e idiotas, à justiça persecutória e à educação medíocre". Pois é, há demasiadas leis da Nação com alcance geral e abstracto, sem cuidar das necessidades específicas do regime de Jardim e sócios em comandita. A justiça persecutória só agora começou, amigo Alberto João, porque o Ministério Público dessas excelentes ilhas levou um valente puxão nos testículos dado pela PGR, e tem que mostrar trabalho e começar a dar seguimento às queixas que aparecem todos os dias. Vêm aí tempestades oceânicas. Quanto à educação, seria sinistro deixá-la ao sabor dos revisionismos e caprichos autorais da maioria na Assembleia Regional que tem a educação (cívica e outra) que se conhece... Todos concordamos que o nosso (da pátria) "modelo político, jurídico, judicial e educativo" é uma zurrapa, mas não nos apetece muito fazer DESTA Madeira laboratório do futuro. O nacional-jardinismo mergulhava-nos na social-psicopatia e no estado cleptocrático de tudo-a-direito.

1 comentário:

Anónimo disse...

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