E 30 dias de orelhas moucas ao que tem a dizer o resto do mundo, entidade abstracta e desprezível para Israel; e de comprovada ineficácia para atingir um objectivo que talvez, talvez, se fossem tão bons como se pensava, conseguisse um certo consenso (acabar com a capacidade militar do Hezbollah); e da mais completa impotência e desesperante irrelevância da ONU (a UE joga na Liga de Honra ou na distrital); e de dirigentes norte-americanos, acéfalos uns, espertíssimos outros, com as bocarras cheias de variações da fórmula "Israel tem o direito a defender-se dos ataques terroristas"; e de cidades, vilas, aldeias, estradas, pontes, fábricas, centrais energéticas, saneamento básico, escolas, serviços, tudo destruído; e de um terror tão grande pelo ar que nem o comboio humanitário mais blindado se atreve a fazer-se ao caminho; mortos por todo o lado, e Israel e os seus militares (que felizmente começam a ser contestados internamente) pedem e obtêm alargamento de prazos. Já vamos no 2º ou 3º, e, como é pedido oficialmente e concedido politicamente, a aparência é de total legitimidade. O resto do mundo, os tais abstractos desprezíveis para o povo de Deus, esperneiam.
Um país soberano destruído. Que, por mais irrelevante que seja o seu exército, ainda não o chamou para o confronto. Não valeria a pena: por cada 2 ou 3 soldados israelitas mortos, a vingança seria terrível; e é-o sempre que acontece essa anormalidade cósmica, incompreensível e injusta até ao ranger de dentes: resistir.
É claro que a pele de cordeiro do Hezbollah está toda esburacada, mas é demais tudo isto...
1 comentário:
Não esquecer que em Israel também há vozes que se (a)levantam contra o estado (cada vez mais) militarista em que vivem.
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