segunda-feira, agosto 07, 2006
There's no easy way down, my friend...
Lamento, é o fim de uma era, de uma metade de século, nós por cá bem soubemos o que isso é, custa muito a passar, uma metade de um século, há quem fique pelo caminho, deles às vezes reza a história, por eles muitas vezes reza quem os conheceu, cai-se do púlpito como se cai da cadeira, o que interessa, sinceramente, é que caiam. E não deixem irmãos. Nas fábulas e contos de fadas, os órfãos e as almas fortes que ficam a guardar o castelo são crianças. Nesta isla de encanta, la isla bonita, vai ficar um velho muito feio. E há demasiada gente muito bonita à espera de que lhes abram "la puerta de la vida". O cárcere. Que seja no consulado de um fraco Raul. Que não aguente. Que quebre. Que tropece, que caia. Que se lixe. Que apareçam, histéricas, livres, históricas, as vozes que por lá definham nas celas e nas solitárias e nos gabinetes de tortura por terem, um dia, sido lidas e ouvidas. Percamos, definitivamente, a paciência para os desculpadores profissionais e os embelezadores militantes. Cuba libre, bela ideia. Talvez seja desta, e já muito tardou...
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