Ok, transbordem de boa cons-ciência, é verdade que a arraia-miúda que enche as ruas das cidades e vilas e aldeias nunca há-de faltar ao respeit(inh)o ao Senhor Doutor, que é tão cristãmente respeitador fanático da coisa humana, ups, perdão, que não se lhe pode chamar coisa sob pena de vir aí a Laurinda. E nós não queremos cá a Laurinda, bem fazia quem lhe dava porrada todos os dias. Mas o Senhor Doutor, que é objector como os outros das paróquias vizinhas (ai, não é paróquia que se diz, é Hospital), objecta e não faz o desmancho que tão encarecida e humildemente se lhe pede, por favor vamos depressa que já estou de oito semanas e o senhor diz que precisa de mais três para avaliar se objecta ou injecta, assim o obriga o Juramento de Hipócritas, e nessa altura já sou uma fora-da-lei. Este o drama humano.
Agora a comédia humana: notícias que falam de objectores em "unidades hospitaleiras". O Cosmos, ou, no dizer de alguns, o Gosmos, tem destes perfeitos exemplos de sincronismo: o Deco, jogador brasileiro e português e espanhol, um dia disse que se sentia muito bem em Portugal, "um país muito hospitalar".
Efeito de espelho mais efeito de espelho não há.
1 comentário:
AHA, always sharp. Hugs
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