Sim, sim, qualquer país tem o direito à defesa. Mas nem todos têm o direito de manter territórios ocupados fora das suas fronteiras.
Sim, sim, as bestas do Hamas quebraram o cessar-fogo e lançaram uns rockets. Mas nem isso, quer-me parecer, é justificação suficiente para uma matança indiscriminada em que a cada meio dia multiplicam por 10 o número de mortos dos rockets originais.
Há 2 anos e meio, o Hezbollah sequestrou um soldado e estes gajos inventaram uma guerra completa, com tudo aquilo a que temos direito numa guerra.
E agora estão a fazer isto que vemos nas televisões, lemos nos jornais. Como se viver em Gaza já não fosse um sacrifício inimaginável antes disto.
Um dia antes da ofensiva terrestre na Faixa de Gaza, os palhaços militarizados de Israel garantiam que tal ofensiva não estava planeada. Em retrospectiva, acho que qualquer jornalista com eles no sítio deveria ter lançado gargalhadas ofensivas, com muito cuspo e piadas sobre circuncisões à mistura, mesmo que isso lhe custasse a carteira profissional. Se o Nuninho estivesse lá e não no Brasil, era o que faria.
Custa-me a crer como é possível tanta indulgência em relação ao único país do mundo que nunca assumiu que é uma potência nuclear. Assobia para o lado, e o resto do planeta também. Situação que tem a consequência imediata de nunca entrar em planos de não-proliferação de armas nucleares. Se, por milagre ou puro onirismo, o mundo acordasse livre do nuclear, Israel bandido ficava com todo o ouro pelo simples facto de sempre ter alegado que nunca roubou.
Ah, e agora sobre o título da posta: a Tzipi Livni, ex-provável primeira-ministra de Israel parecia sensata, sensível e, a alguns olhos, sensual. Bem, mas a senhora tem-se fartado de dizer que toda esta hecatombe é justificada e que ainda não há sinais de crise humanitária em Gaza...
Na década de 1940, quando se decidiu a criação de um Estado judaico, África foi uma das opções consideradas pelos E.U.A. (daí que seja inaceitável que alguém ache inaceitável quando se diz que Israel é uma coisa artificial, uma Disneyworld ainda com menos piada mas ainda com mais turistas, graças a Jerusalém). Ficou ali, um óbvio ninho de vespas, e logo se encarregaram de armá-la para as eventualidades. Tomou-lhe claramente o gosto. Se a ONU, uma bebé na altura, tivesse por absurdo inventado uma Israel na Europa, armada até aos dentes, já iríamos na V Guerra Mundial.
E tudo por causa de um livro. Um livro. Um livro.
O Mundo devia unir-se numa espécie de Guilda de Académicos, Críticos e Curiosos, Investigadores e Aborrecedores e declarar que todos os livros sagrados pertencem à categoria de 'romance/ficção/fantasia'.
E, pensando bem, é claro que estes filhos da puta não têm qualquer problema em provocar pequenos Armagedões. O Messias deles ainda não chegou; quando chegar, perdoa-lhes tudo.
3 comentários:
Não há dúvida de que o grande erro foi a criação de um Estado Judaico precisamente ali, naquele enclave, ou melhor, naquele pentelho encravado entre as arábias e o mediterrânio. O outro grande erro foi aquele filho-da-puta infamemente nobelizado cujo nome polui a boca de quem o diz. Esse, o do lencinho branco às pintinhas pretas. Só espero que enquanto os seus compatriotas são estropiados e fogem de bomba para bomba, esse crápula arda nas caldeiras dos infernos por ter sido o único homem que teve tudo na mão - mas mesmo tudo - para ter assistido no parto do Estado da Palestina. Preferiu fazer outras escolhas. Agora a náusea não vem só do sofrimento inflingido aos palestinianos, mas também das operações de "charme" diplomático e de autopromoção individual que os líderes europeus reencenam, pela enésima vez, a propósito da única causa extra-muros que parecem conhecer ou que lhes parece importar, muito bem acompanhados pelos seus concidadãos. É que noutros pontos do globo, a começar justamente por África, o sangue é da mesma cor que o dos palestinianos, as balas e as bombas (a que se acrescentam, aqui, as catanas) matam com igual eficácia. O sofrimento dos palestinianos não é "maior" nem "menor" que o de outros povos! As restantes vítimas não são vítimas de segunda categoria, Ó cidadãos indignados! A questão entre Israel e a Palestina é hoje uma espécie de complexo vitamínico humanitário para o mundo ocidental consumir sazonalmente e usar como descarga da sua má consciência. No resto os europeus assobiam para o lado ou fazem de conta que não vêm o que se passa em África (onde tanto mas tanto sujámos as manápulas e as bocarras), e sempre que há gente a morrer em Gaza, pegam nos lencinhos e em cartazes e saem para a rua. Até que um Sarkozy qualquer desencante a variação número 375 de novo e mal-cheiroso "roteiro" para a paz (pois, "roteiro", assim mesmo a lembrar o pack turístico). Depois voltam à geral indiferença, mas agora já "compensados". Isto enquanto os excrementos do Hamas e organizações de libertadores afins não se voltarem a lembrar de lançar mais uns rockets dando pretexto aos senhores da guerra israelitas para voltarem a bombardear and so on. Só lamento que nunca venhamos a saber o quanto umas migalhinhas do "entusiasmo" e da "excitação" humanitária e pacifista gasta pelos europeus com Gaza poderiam fazer pelo Sudão, pelo Darfur, pela Somália, pelo antigo Congo, pelo Zimbabwe, pela Etiópia, etc., isto para não sair de zonas a ferro e fogo no continente africano, que há mais, há muito mais! Do Ruanda nem falo, que é para não corar. Nestes casos sim, eu seria capaz de admirar um jornalista com a coragem - e ôh-lá-lá que coragem! - de lançar "gargalhadas ofensivas", que era para variar. Assim, andamos condenados a não ter outro assunto de conversa que não Gaza ou o Cristiano Ronaldo. Como nos tornamos tão decadentes e ignóbeis, nós, europeus? Ainda bem que a opção de África nos anos 40 não vingou. Porque se tivesse vingado, a esta hora os europeus estavam todos a cagar de alto para o sofrimento do que seriam apenas mais uns "pretinhos" no cu de judas.
Pois eu também acho...
que ...
a moçoila é sexy.
Essa mulher precisa apenas de um pouco de amor e carinho.
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