Ao folhear o JN, uma notícia sobre um cidadão cuja morte terá sido detectada cerca de um mês depois, algures na baixa, centro histórico do Porto, Património Mundial. O tal cidadão talvez até nem fosse, e estamos só a especular, um desses filhos da mãe com o Rendimento Social de Inserção que só traficam, só traficam.
Talvez até fosse um contribuinte com tudo em dia; podia até, sobre tudo isso, ser um gajo porreiro.
Mas não. Na Viela do Buraco, de onde o cadáver foi removido por estes dias, foi assim o 'sacudir a caspa' da parte dos vizinhos:
'Já andava a cheirar mal há algum tempo, mas a Viela sempre cheirou mal'.
e depois:
'Comecei a ter baratas em casa, mas pensei que devia ser por causa do restaurante que há aqui em baixo'
e a melhor, ou pior, é:
'já não via o senhor em questão há algumas semanas, mas, como já tinha estado na prisão antes, parti do princípio de que estava preso outra vez'.
Upa, não. Estava era morto.
Bonito, sim senhor. Brandos costumes e simpatia e boa vizinhança. Estamos cada vez mais recomendáveis.
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