segunda-feira, julho 30, 2007

Bergman

Fico feliz por saber que Bergman nutria a mesma antipatia pelo principio do "Dogma", que sempre tive, mesmo gostando bastante de alguns dos filmes. Mas so descobri isto hoje no seu obituario!

"He told me Festen was a masterpiece, which I was very happy about, but he talked about how silly and stupid Dogme was."
Thomas Vinterberg

domingo, julho 29, 2007

Sin

"And what is sin?" said Cotgrave.

"I think I must reply to your question by another. What would your feelings be, seriously, if your cat or your dog began to talk to you, and to dispute with you in human accents? You would be overwhelmed with horror. I am sure of it. And if the roses in your garden sang a weird song, you
would go mad. And suppose the stones in the road began to swell and grow before your eyes, and if the pebble that you noticed at night had shot out stony blossoms in the morning?"


Victim of Cthulhu

Pacheco where art thou?

sábado, julho 28, 2007

Nyarlathotep III - Origami Cthulhu

[late night blogs]

A Forest
The Cure
Come closer and see
See into the trees
Find the girl
While you can
Come closer and see
See into the dark
Just follow your eyes
Just follow your eyes

I hear her voice
Calling my name
The sound is deep
In the dark
I hear her voice
And start to run
Into the trees
Into the trees

Into the trees

Suddenly I stop
But I know it's too late
I'm lost in a forest
All alone
The girl was never there
It's always the same
I'm running towards nothing
Again and again and again

Sábado, pela manhã

quinta-feira, julho 26, 2007

Esta é forte. E muito boa.

O melhor medo é este

Esta história nunca mais acaba?




Há uns meses, a palavra-chave para quem queria sair-se bem numa crítica sucinta ao governo socrático era (de preferência assim mesmo, repetida várias vezes e cheia de exclamações): "propaganda! propaganda! propaganda!".
À custa de meia dúzia de atitudes cretinas de poderositos que todos sabemos que andam por aí: nas direcções-regionais disto e daquilo; nos centros de saúde perdidos na mortífera interioridade, onde esses poderositos quase respiram o ar do Olimpo, porque são doutores e, melhor é impossível, patrões de outros doutores; à boleia do ar nada simpático de um ministro
como o Augusto Santos Silva e as suas novas leis para a comunicação social, que quase parece que toda a gente leu (o que, desconfio, a maior parte dos profissionais não fez), as palavras-chave agora são "censura! medo! censura! medo! medo! censura!".
Não há quem não tenha dado opinião, e aconteceu um fenómeno engraçado nestes últimos meses. A saber: todas as opiniões sobre o assunto são válidas, excepto as dos que não alinham na história do medo e da censura. Para recentes defensores encartados da liberdade de expressão, não está mal.
Convém não esquecer que há pouco tempo o Botas ganhou um concurso chamado "Os Grandes Portugueses" e não um concurso chamado, por exemplo, "Os Portugueses Mais Marcantes", o que já seria mais aceitável. O santacombadano é, portanto, e até próximo divertimento a €0,60, simplesmente o maior português em exercício lá onde quer que esteja. Adiante.
Esteve à vista de todos, todos, o que se passou na DREN (odiozinhos, poleiros, idiotas úteis a bufarem). Se a história devia ter terminado logo que começou? Sim, claro, com vontade e inteligência política do nosso PM e da destravada Ministra da Educação. Não esperar três meses para arquivar um processo que só podia morrer ali, e de preferência dar um pontapé naquela coisa que foi reconduzida na direcção. Os verdadeiros maus sinais desta história toda? A incapacidade de pôr fim ao falatório, deixando a bola de neve rolar à vontade, punir os medíocres lambe-botas, sair por cima quando isso era obrigatório. E esse ambiente medíocre de cortar à faca, nas direcções-gerais, é mesmo o piorzinho. Já agora: alguém soube o nome do bufo?
Conhecem professores? Óptimo. Perguntem-lhes (e disfarcem, não lhes digam ao que vão...) se, nas salas de professores, se fala das políticas da ministra. Responderam que sim? Perguntem, agora, em que termos. E preparem-se para o que vão ouvir. A seguir, perguntem-lhes se têm medo de dizer o que dizem nas salas de professores das nossas escolas públicas. Bingo! Não têm. Como, até ver, não há controlo ministerial sobre os mails que circulam entre o professorado, em que não falta matéria de ilícito penal. Eu sei, já vi muitos. Quase nenhum está livre de erros ortográficos, abundam os gratuitamente insultuosos, alguns são asquerosos. A mítica "geração rasca" cresceu, e está a dar aulas.
Nos centros de saúde, ficámos também a saber que não é lá muito democrático chamar à liça quem deixa afixar cartazes meio adolescentes com bocas ao ministro, mesmo se se usam declarações do próprio. Estarei doido, ou o mundo do trabalho é mesmo assim tão fixe? No "lá-fora", ou seja, fora da função pública em que se tende a não pensar no nosso superior como um superior, visto que o patrão é o Estado e esse não pode estar em todo o lado todo o tempo, também é assim? Nos jornais a malta pode colar uns cartazes a gozar com o director, ou o sub, ou o administrador da empresa proprietária?



quarta-feira, julho 25, 2007

The Shape of Weather to Come

Para quem le isto, mora em Los Angeles e esta acordado de manha:

Recomendo sintonizar o radio na frequencia dos 103.1MHz (FM).
O segmento radiofonico (que nao precisa de apresentacao) de nome "boletim metereologico" (o das 8:50) parece ser interessante.
Imagino que nao vaticine um futuro estado do ar muito diferente dos 100.0MHz FM ou mesmo dos 90.0MHz FM, mas na sua simplicidade Schrodingeriana acaba por influenciar esse mesmo estado.
Nem sequer preve o tempo de Los Angeles.
O apresentador e' o David Lynch, le o boletim de uma cidade escolhida aleatoriamente, remata com um thought of the day e se calhar ate acerta.

http://www.davidlynch.com/

http://www.indie1031.com/



(Uma cara comum 'as 8:50 para muita gente)

Há 2007 anos que Belém não contrata uma estrela como deve ser

terça-feira, julho 24, 2007

Good Night Darthy / Born Again


condominioin black

and whiteprivado

Ectoplasmic Deliverance

O "Botas" vive ainda e sempre

Infelizmente alguem se lembrou disto.
Hoje no International Herald Tribune, do enviado especial a Santa Comba Dao:

"Nostalgia for former dictator divides the Portuguese
By Dan Bilefsky
Published: July 23, 2007

SANTA COMBA DÃO, Portugal: When the Portuguese recently voted the former dictator António de Oliveira Salazar "the greatest Portuguese who ever lived" in a television show - passing over the most celebrated kings, poets and explorers in the nation's thousand-year history - the broadcaster RTP braced itself for a strong reaction. But what ensued resembled a national identity crisis."

Nada posso dizer mais alem de dar a palavra a Alexandre O'Neill:

"Portugal: questão que eu tenho comigo mesmo,
golpe até ao osso, fome sem entretém,
perdigueiro marrado e sem narizes, sem perdizes,
rocim engraxado,
feira cabisbaixa,
meu remorso,
meu remorso de todos nós... "

Sangue no asfalto

Trashy, desvairado, palavroso como sempre (e que bem sabe!...), em crescendo de delírio que só acaba mesmo no último fotograma. Casting mais-que-perfeito. Doente, infecto e contagioso, mas tão contagioso que o público do cinema de shopping, a abarrotar, aplaudiu o filme como quase nem no Fantasporto se vê acontecer. Isso diz muito, mas o melhor mesmo é ir ver esta ganda desbunda.

segunda-feira, julho 23, 2007

O caçador

Um documentário hoje na RTP-N, não apanhei o início, não apanhei o título.
Várias gerações de americanos que foram chamados à guerra. À II Guerra Mundial, ao Vietname, à I Guerra do Golfo, à II Guerra do Golfo.
O tema era "a facilidade, a dificuldade, a memória, a amnésia de matar" e "onde param os mortos na sua cabeça?" (digo eu).
Houve, em todos os depoimentos, o óbvio e incontestável "era o inimigo que estava à minha frente, era ele ou eu, matar ou morrer".
Houve relatos de confissões, não ao capelão da companhia, mas ao padre da terra a que se regressa destrambelhado e pós-traumatizado, que responde "cumpriste o teu dever para com a nação". Grande pós-vida lhes preparam estes burocratas da salvação.
O velho, muito velho, que na II Guerra Mundial matou um japonês na sua própria terra. Estava esfomeado, o morto tinha arroz, ele comeu todo o arroz logo ali, ao lado dele. No fim, vasculhou-lhe a carteira, encontrou uma fotografia recente (o japonês era um adolescente), guardou-a como nunca mais guardou fotografias de ninguém, na casa em que vivia já sozinho na altura da entrevista tudo estava amarelecido. Mostrou a imagem do rapaz, impecável, e confessou que passou a memória do momento para um lado esquecido do cérebro. Mas foi inesquecível, contradiz-se. O momento em que se mata. "The rush"... Diz que passou décadas sem comer arroz.
O veterano do Vietname. Não se percebe se parecia mais velho quando por lá passou, a julgar pelas fotos, ou se parece um miúdo agora que, da vida anterior, só lhe resta o corpo. Porque a alma, a energia, a família e toda a vida que tinha antes da "viagem" desapareceram. Um despojo que se vai abaixo 3 ou 4 vezes durante a entrevista, tremendamente inteligente mas irremediavelmente destroçado. O veterano que diz que o primeiro episódio em que reviveu "pós-traumaticamente" a guerra foi aquele em que estava sentado fora da cabana para a qual teve de ir viver porque não conseguia coabitar com a mulher e a filha, de tão lixado que estava, de pé sobre a margem do rio a decidir se se matava nesse dia ou não. Uma mulher afogou-se nessa tarde e ele assistiu, e quando apareceu o helicóptero de salvamento ele enlouqueceu, estava outra vez lá, na guerra, onde havia sempre helicópteros lá, por cima. Este disse que ficou viciado quando matou o primeiro coelho. "The rush"... Daí para a frente, quis caça cada vez mais grossa, e adorava matar veados. "The deer hunter", "O Caçador", do Michael Cimino. Foi parar ao Vietname. "Era eu ou eles, mas não me peçam para descrever"...
Entram psicólogos, psiquiatras, oficiais do Exército. Um oficial sai-se com uma tirada de antologia, referindo-se ao Vietname: "Fica mais fácil o trabalho dos soldados (matar o inimigo) sem problemas morais se se fizer passar primeiro a imagem do inimigo como infra-humano (vietcongs de baixa estatura, facies atrasadote, etc...) e com comportamentos guerreiros bárbaros (desmembramento de cadáveres inimigos, etc...). Ok. Costumava adorar coelhos, mas agora descobri estes comunas degenerados.
Iraque, 2006: entrevistam um soldado que não parece ter idade para votar ou praticar condução defensiva, mas deixou mulher e filha nos U.S. of A. Já matou uma porrada de gajos e parece bastante confortável com isso. É um miúdo, mata à distância com alguém por perto a filmar a façanha. Dão um primeiro tiro num tipo, filmam-no a estrebuchar durante um minuto ou dois, depois mais um tiro e acabou, uma data de "hurrahs" para a câmara. Ninguém vai lá buscar arroz ou uma fotografia.
Há de tudo nos exércitos, já se sabe. Só não parece haver solução para este Vietname ao quadrado que vai trazer muita chatice por muito tempo para muita gente, e mais ainda.

domingo, julho 22, 2007

mimetismos

'Bora fazer como o Pacheco e publicar aqui coisas que gostamos. Em vez de poemas, publicamos letras de músicas e mudamos o nome, para não parecer mal, para late night blogs. Começo com um [quase] clássico:

Racing Like A Pro
The National
You’re pink you’re young you’re middle-class
they say it doesn’t matter
Fifteen blue shirts and womanly hands
you’re shooting up the ladder

Your mind is racing like a pro, now
Oh my god it doesn’t mean a lot to you
One time you were a glowing young ruffian
Oh my god it was a million years ago

Sometimes you get up and bake a cake or something
sometimes you stay in bed
sometimes you go la di da di da di da da
til your eyes roll back into your head

Your mind is racing like a pro, now
Oh my god it doesn’t mean a lot to you
One time you were a glowing young ruffian
Oh my god it was a million years ago

You’re dumbstruck baby
You’re dumbstruck baby now you know
You’re dumbstruck baby
You’re dumbstruck baby now you know

Your mind is racing like a pro, now
Oh my god it doesn’t mean a lot to you
One time you were a glowing young ruffian
Oh my god it was a million years ago

You’re dumbstruck baby
You’re dumbstruck baby now you know
You’re dumbstruck baby
You’re dumbstruck baby now you know
You’re dumbstruck baby



[EDIT] Já há muito que se publicam por aqui coisas das quais se gosta...

sexta-feira, julho 20, 2007

Perigo no mar, lixo suborbital. Já para não falar da morte cá em baixo, no aeroporto.

E, na notícia propriamente dita, asseguram-nos que "em Outubro, o Brasil tentará mais uma vez levar experimentos ao espaço, mas por meio de um foguete de tecnologia inferior ao VSB-30".

MarriageMobile!!!

quinta-feira, julho 19, 2007

Foi rija a festa, pás.

E agora estão a lambuzar-se com aquela comidinha lá das Índias...

domingo, julho 15, 2007

E agora umas férias do condominio para uma temporada na roulote

A roulote tem wifi mas só permite postar em frequência modelada nesta estação

http://toma-la-da-kh.blogspot.com/

Sahibs e Sahibas
Até daqui a um mês...

Palavras para quê ?

sábado, julho 14, 2007

as coisas boas da vida

Por favor leiam este artigo do "Guardian":

http://www.guardian.co.uk/usa/story/0,,2126139,00.html#article_continue

E a seguir corram 'a garrafeira mais proxima e cantem hossanas a Baco por tudo o que nos tem dado!

Acima de tudo, don't panic

Uma destas pessoas vai casar hoje, mas qual?

Dia grande para um condómino

Dia de festa

quinta-feira, julho 12, 2007

The birds

O meu quarto fica ao lado de uma sala que foi acrescentada à casa quase centenária em que vivo. Havia um terraço enorme, queríamos aproveitá-lo, alguém disse "faça-se uma marquise", fez-se uma sala, por acaso bem porreira. É lá que ouço música, leio, poluo o Condomínio, faço sessões espíritas e conduzo os destinos de 2 nações do 4º Mundo, a caminhar para 3.
Quem conhece uma boa sala acrescentada (ou a da minha casa) sabe que o telhado não é propriamente um telhado. É sempre uma solução que envolve coisas mais ou menos modernas, como o "pladur" e isso. Nada de telhas. Quem fica por baixo é que pode ficar com a telha. Ora, é exactamente isso.
Próximo do Parque da Cidade (sítio agradável onde, até ver, o dr. Rui Rio ainda não conseguiu meter o eléctrico e o calhambeque), com uma pequena área verde onde, até ver, o dr. Rui Rio ainda não entrou, tenho pássaros (os entendidos diriam aves) a fazer ninho por todos os lados.
Um filho da mãe dum pássaro com insónias piores do que as minhas fez ninho no "pladur".
O gajo não dorme.
O gajo, pelo barulho que faz, que está a fazer, tem vários pares de asas. É uma criatura do Inferno. É um inominável. Deve ser feio como o caraças.
O gajo vai cair dali. Não será hoje, tenho vertigens, vou encomendar o servicinho a alguém, mas vai cair dali.
Desculpem lá o desabafo, mas a loirinha gira que atende os pós-traumáticos nas noites do Porto Canal já foi para casa e já era tarde para telefonar ao aduminstrador.

Isto é bom sinal, mau sinal ou sinal assim-assim?

terça-feira, julho 10, 2007

A não perder

Para quem tv por cabo, amanhã, quarta-feira, um pograma a não perder. Os tipos do Vai tudo abaixo a acompanhar uma acção de campanha do Telmo Correia, eh eh. Se não tiverem tv por cabo, poderão ver aqui. A julgar pelo teaser já visto, a coisa promete!


[Edit] Michael Moore está de volta! Grande promoção ao seu novo filme, aqui.

segunda-feira, julho 09, 2007

Para Vila do Conde, rapidamente e em força!




Ok, o novo da dupla Tarantino/Rodriguez já passou, mas parece que vai estrear no dia 19. O resto é a colecção de curtas do Lynch; o Hitchcock nos seus filmes e nos dos outros, nas paredes, no chão, no tecto e no ar, por todo o lado, de tão homenageado que é; documentários do Peter Whitehead sobre Londres, os Pink Floyd e o Syd Barrett, por ordem crescente de interesse e importância para o mundo.
E o resto é a surpresa do costume destes dias e noites em Vila do Conde, porque é um festival. Este ano apetece andar por lá, espero que seja uma festa.

domingo, julho 08, 2007

James Blackshaw, "The Cloud Of Unknowing"

Continuam as sugestões de música cá para os elevadores e partes comuns do condomínio. Esta é cortesia do Tiago, uma visita frequente.
O James Blackshaw já fez arregalar uns olhos no Passos Manuel, há algum tempo. Este disco dá o passo em frente: arrepia. File under "acoustic guitar".

Que rica ideia!

sexta-feira, julho 06, 2007

É, tudo acaba.


Hum, deixa cá ver... Agora que a cassete foi oficialmente declarada morta, o que é que posso dizer?
Que gosto de cassetes e que, mesmo agora, numa época que já podemos chamar de pós-cd, sempre que entro numa loja, ou supermercado, ou hipermercado, ou mercearia, que vende "cassetes virgens", apetece-me comprar.
Que vou ter saudades.
Que os dias em que os meus irmãos apareceram cá em casa com cassetes dos U2, dos Bauhaus, dos Smiths, por esta ordem, mudaram a minha vida. Raios os partam, estava eu tão bem a crescer.
Que espero continuar, como ainda hoje acontece, a encontrar cassetes antigas nos sítios mais estranhos.
Que a minha namorada é minha namorada por causa das cassetes que lhe gravei, e também ela se espanta quando elas saltam das gavetas.
Que a experiência mais parecida com tocar ao vivo para 50.000 pessoas e elas adorarem é... gravar uma boa compilação numa cassete.
Que detesto gravar compilações num cd-r. Porquê? Vocês sabem esta... Não ouvimos o que estamos a fazer.
Que adorava quando pedia: "duas de crómio de 90 minutos, fachavor".
Que adorava entrar nas polémicas "cassetes de crómio vs. cassetes de metal". As de ferro não entravam no campeonato, eram mesmo muito más. Não me julguem, entendam-me. Vocês também passaram por tudo isto, de certeza.
Que, quando um gajo fazia uma boa cassete, fazia capas. E as capas eram, quase sempre, feitas de recortes. Recortes únicos ou colagens, tanto fazia. O que não havia eram os diabos das impressoras.
Que ficava doido quando a filha da puta da fita acabava 27 segundos antes do fim da música que um gajo escolhia tão criteriosamente para acabar a obra prima.
Que nunca fui aos arames quando a fita enrolava. Ia à casa da vizinha, que tinha um jeitaço para desdramatizar.
Que adorei quando inventaram essa modernice do auto-reverse. Como é que nunca nos lembrámos daquilo?
Que há bandas que só ficam bem numa cassete. The Fall, The Fall, The Fall.
Que o cd só tem um olho, as cassetes têm dois. Ou seja, levam o stereo muito a sério. Ou o stério muito a sereo.
Para finalizar: a morte da cassete foi anunciada para todo o mundo e todas as gentes donas de cassetes. Cada um, com as suas, viverá esses momentos finais como achar melhor e optará, ou não, por tornar públicas as últimas palavras das moribundas.
As minhas pequeninas, quando se finaram, disseram, todas de mãos dadas: "diz ao minidisc que está perdoado".
Seria fita?
É possível, afinal de contas eram cassetes e foram-no até morrerem.
Paz às suas patilhas de segurança. Vou ter muitas muitas muitas muitas saudades e podem crer que vou comprar um PORRADÃO delas enquanto ainda estiverem por aí à venda.

quarta-feira, julho 04, 2007

[Blog] O Querido Líder

A propósito das postas anteriores, não posso deixar de chamar a atenção dos nossos condóminos para o blog O Querido Líder. Dedicado, justamente, ao querido líder da nossa cidade. Já o tinha mencionado anteriormente num vilipêndio, mas acho que merece uma posta a sério.

P.S. - Vejam a referência à Fanfarra, do nosso vizinho Filipe.

terça-feira, julho 03, 2007

Rui Rio, sempre à frente


Pois. No dia em que há uma acção global que quer chamar a atenção para as alterações climáticas (ou, se preferirem, um grande circo com os malabaristas do costume), começa na nossa querida cidade uma acção local, a durar dois fins-de-semana, que se encarrega de mandar para os ares uma inacreditável quantidade de CO2.
A poluição sonora já começou: nos altifalantes das corridas já se ouvem os artistas que costumam cantar os parabéns à Rádio Festival.

07/07/2007, um grande dia.

Vai haver isto

que vai ser abafado por isto

que vai ser cilindrado por isto