quinta-feira, julho 12, 2007

The birds

O meu quarto fica ao lado de uma sala que foi acrescentada à casa quase centenária em que vivo. Havia um terraço enorme, queríamos aproveitá-lo, alguém disse "faça-se uma marquise", fez-se uma sala, por acaso bem porreira. É lá que ouço música, leio, poluo o Condomínio, faço sessões espíritas e conduzo os destinos de 2 nações do 4º Mundo, a caminhar para 3.
Quem conhece uma boa sala acrescentada (ou a da minha casa) sabe que o telhado não é propriamente um telhado. É sempre uma solução que envolve coisas mais ou menos modernas, como o "pladur" e isso. Nada de telhas. Quem fica por baixo é que pode ficar com a telha. Ora, é exactamente isso.
Próximo do Parque da Cidade (sítio agradável onde, até ver, o dr. Rui Rio ainda não conseguiu meter o eléctrico e o calhambeque), com uma pequena área verde onde, até ver, o dr. Rui Rio ainda não entrou, tenho pássaros (os entendidos diriam aves) a fazer ninho por todos os lados.
Um filho da mãe dum pássaro com insónias piores do que as minhas fez ninho no "pladur".
O gajo não dorme.
O gajo, pelo barulho que faz, que está a fazer, tem vários pares de asas. É uma criatura do Inferno. É um inominável. Deve ser feio como o caraças.
O gajo vai cair dali. Não será hoje, tenho vertigens, vou encomendar o servicinho a alguém, mas vai cair dali.
Desculpem lá o desabafo, mas a loirinha gira que atende os pós-traumáticos nas noites do Porto Canal já foi para casa e já era tarde para telefonar ao aduminstrador.

4 comentários:

Anónimo disse...

ALi ao lado do Sá da Bandeira, existe uma espingardaria com uma gama variada de artigos que te poderão ajudar...abraço

Anónimo disse...

Espero que nenhum pombo leia este blog, em todo o caso comeca a andar de chapeu!

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Aquilo lá em cima não é um pombo, é um pterodáctilo adulto. Mas vou seguir o conselho do chapéu.