segunda-feira, março 10, 2008

Ó Alcides, desculpa a violação de direitos de Autor. Se quiseres caír-me em cima, Homem, cai-me em cima. Mas eu tinha de fazer isto. Mostrar isto.


O amigão Rui Costa organizou a coisa, a antologia, está muito bem temperada. E um homem, de seu nome Alcides, é o autor da 1ª micro-ficção desta antologia, e eu não resisto a despejá-la aqui, entre vós:
"Há basto tempo não vos conto meus domésticos vícios. Julgaram rotos leitores que a verga se calou, imune ao desafogo que na poesia esbate punheteira forma. Enganai-vos com prosa de só coçardes a dita em perambólica monha, eu vos perdoo. Rico não estou porém da estranja sina, alargo a experiência com tântricos remédios. No mosteiro de singeverga foi assim: o sacristão fendido ajudando a preparação do licor e eu esgalhando a mastodôncia pra cima do madeiro cá de trás. Cantou o coro com a gosma entrando plas bocas a afinar o vício, que a santonta desceu cá abaixo a ver se havia mais. E havia, fiz-lhe um soneto que ela perguntou se podia chamar um anjo pra lhe amparar a excedentária com as asas. O anjinho entalou-se com a dita e solfejou mais cedo, a superiora também quis. Jesus Cristo, dai-me disto. E dei eu, tomai deste céu. Santa senhora, que o sois menos agora. As asas do anjinho esburacadas do travasso assertório resvalando p'las hóstias, TVI à porta, o altíssimo de hossanas a pedi-las. E como não gosto que me peçam virei-me às câmaras e entalei o gorgulhão até se virem escuras, e foi assim que me amancebei com deus, que afinal é gaja e tem uma xauvineta que dá para encalcetar o Universo. E depois fui-me, com um sentimento bastante agradável a pingalhar o tapete."

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