O meu quarto fica ao lado de uma sala que foi acrescentada à casa quase centenária em que vivo. Havia um terraço enorme, queríamos aproveitá-lo, alguém disse "faça-se uma marquise", fez-se uma sala, por acaso bem porreira. É lá que ouço música, leio, poluo o Condomínio, faço sessões espíritas e conduzo os destinos de 2 nações do 4º Mundo, a caminhar para 3.
Quem conhece uma boa sala acrescentada (ou a da minha casa) sabe que o telhado não é propriamente um telhado. É sempre uma solução que envolve coisas mais ou menos modernas, como o "pladur" e isso. Nada de telhas. Quem fica por baixo é que pode ficar com a telha. Ora, é exactamente isso.
Próximo do Parque da Cidade (sítio agradável onde, até ver, o dr. Rui Rio ainda não conseguiu meter o eléctrico e o calhambeque), com uma pequena área verde onde, até ver, o dr. Rui Rio ainda não entrou, tenho pássaros (os entendidos diriam aves) a fazer ninho por todos os lados.
Um filho da mãe dum pássaro com insónias piores do que as minhas fez ninho no "pladur".
O gajo não dorme.
O gajo, pelo barulho que faz, que está a fazer, tem vários pares de asas. É uma criatura do Inferno. É um inominável. Deve ser feio como o caraças.
O gajo vai cair dali. Não será hoje, tenho vertigens, vou encomendar o servicinho a alguém, mas vai cair dali.
Desculpem lá o desabafo, mas a loirinha gira que atende os pós-traumáticos nas noites do Porto Canal já foi para casa e já era tarde para telefonar ao aduminstrador.
4 comentários:
ALi ao lado do Sá da Bandeira, existe uma espingardaria com uma gama variada de artigos que te poderão ajudar...abraço
Espero que nenhum pombo leia este blog, em todo o caso comeca a andar de chapeu!
Aquilo lá em cima não é um pombo, é um pterodáctilo adulto. Mas vou seguir o conselho do chapéu.
Enviar um comentário