quarta-feira, outubro 31, 2007
Há amor por esta banda, e toca a não o deixar morrer...
Há quantas semanas não se falava aqui dos The National? Hem? Hem?
Bêbado, um borracho a cair de maduro, vestido de branco e uma gravatinha com tantas riscas como há ali cicatrizes. Não sabe o que fazer com o corpanzil que lhe calhou, tenta cantar por cima das guitarras, grita, canta, ufa... Ei-lo, o Matt Berninger, e os The National, e continuo a dizer: estes gajos são importantes. Deixá-los pousar...
Ups... Já pousaram. E são imprescindíveis.
terça-feira, outubro 30, 2007
Continua a cavar, Sócrates, ainda te vemos a cabecinha...
Fazer isto a um dos poucos ministros que ainda vão tapando os buracos...
Damon and Naomi no Mercedes no Domingo.
Talvez seja um golpe baixo tentar convencer a malta a ir a um concerto, que se prevê lindíssimo, com (mais) uma cover do "Song To The Siren", do Tim Buckley (isso mesmo, o pai do outro). Até eu já gravei uma versão disto.
Mas qualquer pretexto é um bom pretexto é um bom pretexto.
E é uma grande canção, aqui ou na Cochinchina.
O paizinho está aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=k2QmQhYZEvQ
Topo de gama.
No Mercedes, há pouco, os The Sea And Cake. Uma delícia pop, para quem estava à espera de uma luminária pós-rock. Aquilo foi Yo La Tengo, Felt (última fase), pozinhos de Sonic Youth, a soul da Stax Records, Television, Arto Lindsay, Talking Heads, blá, blá, blá numa moulinex de luxo. E, claro, na bateria o John McEntire dos Tortoise, com os quais têm tortuosas ligações.
E ainda vêm uns extras com este Mercedes, Domingo e 2ª: Damon And Naomi, Acid Mothers Temple.
E ainda vêm uns extras com este Mercedes, Domingo e 2ª: Damon And Naomi, Acid Mothers Temple.
sábado, outubro 27, 2007
Em grande!
O meu caríssimo valter hugo mãe (assim mesmo em minúsculas) acaba de receber, por unanimidade, o Prémio José Saramago pelo inacreditável (mesmo!) "o remorso de baltazar serapião". Eu sempre disse que não se podia passar ao lado deste livro, e raios me partam...
Nada melhor que as palavras do José Nobél:
"Deu-me a impressão de estar a assistir a uma espécie de parto da língua portuguesa".
"Quando saiu este romance?", e alguém respondeu Março de 2006. "E os sismógrafos não registaram nada?"...
Boa, carago!!!
quinta-feira, outubro 25, 2007
Um post-itzinho no frigorífico? Posso? Obrigados!
(tosse para aclarar a voz...)
Amigos, colegas, excelente gente que condomina: é na qualidade de recente militante do PPD-PSD, a dar entrada nessa outra Idade do Ouro que irá ser o Menezismo, que dou conhecimento a todos os condominatores e condominatrix de um concerto único (em Portugal) do Sr. Peter Murphy, a 30 de Novembro, no Pavilhão Municipal de Gaia (não perguntem, ninguém sabe onde é; perguntem a máquinas, género GPS e Google Earth).
O concerto será registado em DVD, para posterior análise da viabilidade de exportação para o resto do país de um modelo municipal de entretenimento (não diríamos inteligente, porque, isso, só em Braga) não sulista -concerto único em Gaia-, não elitista -é o gajo do "Cuts You Up"- e não liberal -se fosse realmente liberal, o bilhete não custava 10 euros.
É certo que não são os Keane, mas não é nenhum calhambeque.
(vozes dos colegas de bancada: muito bem, muito bem, muito bem!!!)
Amigos, colegas, excelente gente que condomina: é na qualidade de recente militante do PPD-PSD, a dar entrada nessa outra Idade do Ouro que irá ser o Menezismo, que dou conhecimento a todos os condominatores e condominatrix de um concerto único (em Portugal) do Sr. Peter Murphy, a 30 de Novembro, no Pavilhão Municipal de Gaia (não perguntem, ninguém sabe onde é; perguntem a máquinas, género GPS e Google Earth).
O concerto será registado em DVD, para posterior análise da viabilidade de exportação para o resto do país de um modelo municipal de entretenimento (não diríamos inteligente, porque, isso, só em Braga) não sulista -concerto único em Gaia-, não elitista -é o gajo do "Cuts You Up"- e não liberal -se fosse realmente liberal, o bilhete não custava 10 euros.
É certo que não são os Keane, mas não é nenhum calhambeque.
(vozes dos colegas de bancada: muito bem, muito bem, muito bem!!!)
quarta-feira, outubro 24, 2007
Ao deus-dará
Pfff, que cena. Quarta-feira, quarta-feira, e esta soneira... Pff, já acordei com dor de cabeça. e a A4, A3... Porra, como eu amo as nacionais. (Nacionais, eu vos amo, je vous aime, nationalle!)
Levantei-me cedo, quer dizer, tive de me levantar cedo, coisa que, na verdade, já faço há uns anitos, é verdade, é, a muito contragosto. Bem, que fazer? Talvez render, talvez render.
Fui levar roupa à lavandaria, roupa à costureira... Quem me viu e quem me vê, de curte em curte até curtir a roupa. Enfim, é a vida, é a gardénia da vida.
Trabalho, cheguei ao travail. Ok, ok, muito para fazer, mas tem de ser hoje? iol.pt, carago, até teclo sem olhar para o teclado; Público ponto qualquer coisa; o spordingue, o spordingue, ah e tal; o condominio provado... Ó Durtal, eh pá, tás a ver, não me leves a mal, mas não tens aí por casa um daqueles quadros de cortiça que nunca comprei (que nunca comprei... Mas compro roupa, para levar à lavandaria, à costureira...), aqueles quadros de cortiça, dizia eu tout court (tudo curte, viva, uhuh!), dizia eu se não tens daqueles quadros para pôr as postas, pôr as apostas, por aí. É que sobrou assim este nico de espaço!...
Bem, nha nha nha, e coisa e tal, e lá fui ao cinema na segunda. Ando numa de cinema. Há fases que é bom ter ritmos, coisas fixas, marcadas, coisas a cumprir, sobretudo prazenteiras. E os rituais, meu deus, os rituais: comemos em casa, poupamos uns cobres e vamos ao cinema na nossa zona, que é mais barato, fugimos das pipocas e das lojas de roupa... Não, é segunda-tinhosa-feira, papamos fora um fast-fodace qualquier, damos uma volta, (vemos umas roupas), e vamos ao cinema. Oh, não vamos, há (roupa) para passar a ferro, (roupa) para lavar, (roupa) para arrumar, louça para lavar, louça para enxugar, casa para limpar, a Nãoseiquê Campos Medeia no canal 1...
Cinema.
E prontos, que cena, é daquelas cenas, tás a ver?
Um Azar do Caraças, uma escolha suicida, uma choice masoquista, um virar para a onda holliwoodesca, eu que sempre fui muito in, muito indy, muito independente, muito anti-comercial, muito anti-roupa.
Uma boa surpresa, uma excelente surpresa. Ri-me a bom rir, oh pá, foi mesmo muito engraçado. Por incrível que pareça, pois o argumento (rabumento; rabugento; ragumento; reguadas... hum...), sim, o argumento era naquela, que é uma expressão que, como Pedro Calderón de la Barca dizia, "sem dizer nada, diz tudo". (Bem, esta agora... Hã?? Não foi?)
Eh pá, mas é muito bem conseguido, está lá a vida toda, a gardénia da vidinha. Não estava nada à espera, que cenaça. Os personagens são bem estruturados, e vai-se deep, cada vez mais deep...
"Gostoso,
saboroso,
esse docinho tão gostoso!"
Pfff, não estava nada à espera... É daquelas coisas...
Levantei-me cedo, quer dizer, tive de me levantar cedo, coisa que, na verdade, já faço há uns anitos, é verdade, é, a muito contragosto. Bem, que fazer? Talvez render, talvez render.
Fui levar roupa à lavandaria, roupa à costureira... Quem me viu e quem me vê, de curte em curte até curtir a roupa. Enfim, é a vida, é a gardénia da vida.
Trabalho, cheguei ao travail. Ok, ok, muito para fazer, mas tem de ser hoje? iol.pt, carago, até teclo sem olhar para o teclado; Público ponto qualquer coisa; o spordingue, o spordingue, ah e tal; o condominio provado... Ó Durtal, eh pá, tás a ver, não me leves a mal, mas não tens aí por casa um daqueles quadros de cortiça que nunca comprei (que nunca comprei... Mas compro roupa, para levar à lavandaria, à costureira...), aqueles quadros de cortiça, dizia eu tout court (tudo curte, viva, uhuh!), dizia eu se não tens daqueles quadros para pôr as postas, pôr as apostas, por aí. É que sobrou assim este nico de espaço!...
Bem, nha nha nha, e coisa e tal, e lá fui ao cinema na segunda. Ando numa de cinema. Há fases que é bom ter ritmos, coisas fixas, marcadas, coisas a cumprir, sobretudo prazenteiras. E os rituais, meu deus, os rituais: comemos em casa, poupamos uns cobres e vamos ao cinema na nossa zona, que é mais barato, fugimos das pipocas e das lojas de roupa... Não, é segunda-tinhosa-feira, papamos fora um fast-fodace qualquier, damos uma volta, (vemos umas roupas), e vamos ao cinema. Oh, não vamos, há (roupa) para passar a ferro, (roupa) para lavar, (roupa) para arrumar, louça para lavar, louça para enxugar, casa para limpar, a Nãoseiquê Campos Medeia no canal 1...
Cinema.
E prontos, que cena, é daquelas cenas, tás a ver?
Um Azar do Caraças, uma escolha suicida, uma choice masoquista, um virar para a onda holliwoodesca, eu que sempre fui muito in, muito indy, muito independente, muito anti-comercial, muito anti-roupa.
Uma boa surpresa, uma excelente surpresa. Ri-me a bom rir, oh pá, foi mesmo muito engraçado. Por incrível que pareça, pois o argumento (rabumento; rabugento; ragumento; reguadas... hum...), sim, o argumento era naquela, que é uma expressão que, como Pedro Calderón de la Barca dizia, "sem dizer nada, diz tudo". (Bem, esta agora... Hã?? Não foi?)
Eh pá, mas é muito bem conseguido, está lá a vida toda, a gardénia da vidinha. Não estava nada à espera, que cenaça. Os personagens são bem estruturados, e vai-se deep, cada vez mais deep...
"Gostoso,
saboroso,
esse docinho tão gostoso!"
Pfff, não estava nada à espera... É daquelas coisas...
Lx, não perdes pela demora!
Se o ridículo não matasse, mas moesse...
domingo, outubro 21, 2007
Marsz, marsz, Dąbrowski,
3 dias para o David Sylvian, 3 videocleeps para o Condominium
Os cleeps não são grande espingarda e talvez só o 3º tenha pormenores catitas; mas as canções, senhores, as canções... Ai, pareço uma fã...
sábado, outubro 20, 2007
E o Óscar Lopes da falta de vergonha vai para...
...a CMP!!!! Uma página da revista que precisavam de encher, e fizeram-no lindamente.
Foi uma pena que antes tenha recusado associar-se ao patrocínio de um belo livro sobre o Professor.
A CMP (apetece escrever, em minúsculas, cmp) aproveita-se de um nome, de um morto, de uma reputação, de uma sabedura, sabedoria, para simular espalhar amor pelo pensamento lindo e livre de alguém que, deixemo-nos de merdas, não sabe quem é.
Eles não sabem reconhecer, eles não sabem ler, eles não homenagear.
Deixemo-nos de merdas, eles não sabem nada, eles não sabem sequer quem são eles próprios, eles não sabem quem são os outros, não sabem quem nós somos.
Foi uma pena que antes tenha recusado associar-se ao patrocínio de um belo livro sobre o Professor.
A CMP (apetece escrever, em minúsculas, cmp) aproveita-se de um nome, de um morto, de uma reputação, de uma sabedura, sabedoria, para simular espalhar amor pelo pensamento lindo e livre de alguém que, deixemo-nos de merdas, não sabe quem é.
Eles não sabem reconhecer, eles não sabem ler, eles não homenagear.
Deixemo-nos de merdas, eles não sabem nada, eles não sabem sequer quem são eles próprios, eles não sabem quem são os outros, não sabem quem nós somos.
Jesuses Cristos superestrelas e mega-árvores do BCP...
Arte.
Salas de Putos
O prometido é devido, e...
...o Porto pouco pensa quando sobre o Dr. Rio mal o faz, e, num mundo de Rui e inimigos, é francamente, dispensável, que, calado esteja, por estes, dias.
estilo queiroziano, ou queirosiano, ou isso, e uso livre de vírgulas, da exclusiva, ou excluziva, ou isso, responssabilidade, ou responçabilidade, ou isso, dos escribas do saite, ou çite, ou isso, da Câmara Municipal do Porto.
estilo queiroziano, ou queirosiano, ou isso, e uso livre de vírgulas, da exclusiva, ou excluziva, ou isso, responssabilidade, ou responçabilidade, ou isso, dos escribas do saite, ou çite, ou isso, da Câmara Municipal do Porto.
sexta-feira, outubro 19, 2007
Demokratia
Estarei a tornar-me demasiado insular, ou defender que aprovar um tratado com estas implicacoes sem um referendo e' inademissivel?
quinta-feira, outubro 18, 2007
quarta-feira, outubro 17, 2007
Eu sabia que havia qualquer coisa ! [esta é a minha parte menos inteligente a falar!]
Declarações polémicas ao “Sunday Times”
James Watson diz que os negros são menos inteligentes que os brancos
17.10.2007 - 12h12 PUBLICO.PT
James Watson, Nobel da Medicina em 1962, um dos homens responsáveis pela descoberta da estrutura molecular do ADN, a dupla hélice da vida, precursor da genética, acredita que os negros são menos inteligentes que os brancos. As suas declarações, publicadas num trabalho no “Sunday Times”, de domingo passado, estão a envolver o cientista, mais uma vez, numa acesa polémica.
James Watson diz que os negros são menos inteligentes que os brancos
17.10.2007 - 12h12 PUBLICO.PT
James Watson, Nobel da Medicina em 1962, um dos homens responsáveis pela descoberta da estrutura molecular do ADN, a dupla hélice da vida, precursor da genética, acredita que os negros são menos inteligentes que os brancos. As suas declarações, publicadas num trabalho no “Sunday Times”, de domingo passado, estão a envolver o cientista, mais uma vez, numa acesa polémica.
segunda-feira, outubro 15, 2007
A dura vida de um astronauta muçulmano em órbita
15.10.2007, Teresa Firmino
Tantas interrogações foram desencadeadas pela viagem de Sheikh Muszaphar Shukor, o primeiro astronauta que a Malásia pôs a dar voltas e mais voltas à Terra, na quarta-feira. Partiu numa nave russa Soiuz, onde seguiam ainda a norte-americana Peggy Whitson e o ucraniano Iuri Malenchenko (que, em 2003, casou por videoconferência, ele no espaço, a noiva norte-americana no Texas).
...
Mas foi com a viagem de Shukor que surgiu uma reflexão formal sobre a problemática de como um muçulmano deve viver no espaço se quiser seguir os preceitos quotidianos da sua religião.
...
O resultado está num pequeno documento, o Guia para a Realização do Ibadah na Estação Espacial Internacional, ao qual o Conselho Nacional da Fatwa da Malásia (uma fatwa é um édito religioso) deu aval.
Assim, o guia estabelece a maneira como, no espaço, os muçulmanos devem lavar ritualmente o rosto, as mãos, os braços ou os pés antes da oração; como devem limpar-se de todas as impurezas depois de urinar e defecar; quantas vezes por dia devem cumprir o ritual da oração, para onde devem estar voltados quando rezam e em que posições corporais; como jejuar; e como cuidar dos mortos.
Para não haver confusões, o documento esclarece que o "espaço" é o que está para lá da atmosfera terrestre, não vá pensar-se que a uma simples viagem de avião poderão aplicar-se estas orientações.
Começando pela limpeza, há logo vários problemas. Não é possível tomar um duche ou um banho espacial, porque as gotas de água teimariam em flutuar por todo o lado, além de que os astronautas ainda correriam o risco de sufocar com as gotículas no ar. Como se isto não bastasse, a água é um bem escasso, ou então a urina dos astronautas não seria reciclada e reaproveitada na estação espacial. Tomar banho é pois um conceito que, no espaço, é pouco palpável. Resume-se a toalhetes.
Perante isto, o guia recomenda que se faça como o islão já indica nas situações em que não existe água disponível, como no deserto. Pode usar-se areia ou poeira. "Podem pôr-se ambas as mãos na parede ou num espelho da ISS (mesmo sem pó)", lê-se. Já na limpeza das zonas corporais após a ida à casa de banho, entre as várias sugestões, o guia diz que podem usar-se os toalhetes, "não menos de três", disponíveis na ISS.
Siga-se um fuso horário
Quanto ao número de orações, a solução é prática: "As cinco orações diárias são definidas num período de 24 horas (igual a um dia na Terra), seguindo o fuso horário do local de onde o astronauta é lançado." Neste caso, Shukor seguirá a hora do cosmódromo de Baikonour, no Cazaquistão. Se assim não fosse, as 80 orações diárias tornar-se-iam incompatíveis com a carga de trabalho que os astronautas enfrentam nas missões, repartindo-se por experiências científicas e pela manutenção e construção da ISS. "Sou muçulmano, mas a minha prioridade são as experiências", explicava Shukor, citado pelo jornal The Christian Science Monitor.
Também as posições corporais durante a oração devem adaptar-se às condições na ISS, refere o guia. O melhor é manter-se na vertical, mas podem até usar-se "as pálpebras como indicador da mudança de postura na oração". Ou ainda: "Imaginar a sequência da oração."
Meca já é uma questão mais complicada. A cidade está sempre a mover-se. Ou melhor, é Shukor quem, a mais de 300 quilómetros de altitude, não fica no mesmo sítio. Por isso, deve voltar-se para onde for possível: pode tentar-se uma projecção de Meca num ponto do espaço, mas também virar-se para a Terra ou para "qualquer lado".
Na alimentação, o porco e o álcool continuam proibidos. Mas, em caso de dúvida quanto à comida na ISS, o guia diz que "é permitido comê-la, para não se passar fome". E no Ramadão, em se jejua do nascer ao pôr do Sol, a referência é também a do fuso horário de onde se descolou.
Shukor ainda apanhou no espaço os últimos dias do Ramadão: "Como muçulmano, espero jejuar. O islão é compassivo. Se não poder jejuar no espaço, posso fazê-lo quando regressar." O astronauta assinalará o fim do Ramadão com a festa do Id al-Fitr, em que oferecerá uma refeição malaia aos colegas. Pena é que nenhum possa saborear grande coisa: no espaço, flui mais sangue do que o normal para a cabeça, pelo que se perde o paladar e o cheiro.
O primeiro astronauta da Malásia já dá voltas à Terra; antes as autoridades islâmicas do seu país fizeram uma reflexão inédita: definir os preceitos que um crente deve seguir no espaço
No espaço, como é que um muçulmano sabe em que direcção fica Meca, a cidade mais sagrada do islão, para poder rezar voltado para lá? E tem de cumprir à risca o preceito de orar cinco vezes por dia, começando antes do nascer Sol e acabando depois de se pôr? Se assim for, tem de rezar 80 vezes, porque, em órbita, o Sol nasce e põe-se a cada 90 minutos. Ou, ainda, como é que um crente islâmico se mantém em pé e depois se curva e deita no chão enquanto reza, se lá em cima tudo flutua?Tantas interrogações foram desencadeadas pela viagem de Sheikh Muszaphar Shukor, o primeiro astronauta que a Malásia pôs a dar voltas e mais voltas à Terra, na quarta-feira. Partiu numa nave russa Soiuz, onde seguiam ainda a norte-americana Peggy Whitson e o ucraniano Iuri Malenchenko (que, em 2003, casou por videoconferência, ele no espaço, a noiva norte-americana no Texas).
...
Mas foi com a viagem de Shukor que surgiu uma reflexão formal sobre a problemática de como um muçulmano deve viver no espaço se quiser seguir os preceitos quotidianos da sua religião.
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O resultado está num pequeno documento, o Guia para a Realização do Ibadah na Estação Espacial Internacional, ao qual o Conselho Nacional da Fatwa da Malásia (uma fatwa é um édito religioso) deu aval.
Assim, o guia estabelece a maneira como, no espaço, os muçulmanos devem lavar ritualmente o rosto, as mãos, os braços ou os pés antes da oração; como devem limpar-se de todas as impurezas depois de urinar e defecar; quantas vezes por dia devem cumprir o ritual da oração, para onde devem estar voltados quando rezam e em que posições corporais; como jejuar; e como cuidar dos mortos.
Para não haver confusões, o documento esclarece que o "espaço" é o que está para lá da atmosfera terrestre, não vá pensar-se que a uma simples viagem de avião poderão aplicar-se estas orientações.
Começando pela limpeza, há logo vários problemas. Não é possível tomar um duche ou um banho espacial, porque as gotas de água teimariam em flutuar por todo o lado, além de que os astronautas ainda correriam o risco de sufocar com as gotículas no ar. Como se isto não bastasse, a água é um bem escasso, ou então a urina dos astronautas não seria reciclada e reaproveitada na estação espacial. Tomar banho é pois um conceito que, no espaço, é pouco palpável. Resume-se a toalhetes.
Perante isto, o guia recomenda que se faça como o islão já indica nas situações em que não existe água disponível, como no deserto. Pode usar-se areia ou poeira. "Podem pôr-se ambas as mãos na parede ou num espelho da ISS (mesmo sem pó)", lê-se. Já na limpeza das zonas corporais após a ida à casa de banho, entre as várias sugestões, o guia diz que podem usar-se os toalhetes, "não menos de três", disponíveis na ISS.
Siga-se um fuso horário
Quanto ao número de orações, a solução é prática: "As cinco orações diárias são definidas num período de 24 horas (igual a um dia na Terra), seguindo o fuso horário do local de onde o astronauta é lançado." Neste caso, Shukor seguirá a hora do cosmódromo de Baikonour, no Cazaquistão. Se assim não fosse, as 80 orações diárias tornar-se-iam incompatíveis com a carga de trabalho que os astronautas enfrentam nas missões, repartindo-se por experiências científicas e pela manutenção e construção da ISS. "Sou muçulmano, mas a minha prioridade são as experiências", explicava Shukor, citado pelo jornal The Christian Science Monitor.
Também as posições corporais durante a oração devem adaptar-se às condições na ISS, refere o guia. O melhor é manter-se na vertical, mas podem até usar-se "as pálpebras como indicador da mudança de postura na oração". Ou ainda: "Imaginar a sequência da oração."
Meca já é uma questão mais complicada. A cidade está sempre a mover-se. Ou melhor, é Shukor quem, a mais de 300 quilómetros de altitude, não fica no mesmo sítio. Por isso, deve voltar-se para onde for possível: pode tentar-se uma projecção de Meca num ponto do espaço, mas também virar-se para a Terra ou para "qualquer lado".
Na alimentação, o porco e o álcool continuam proibidos. Mas, em caso de dúvida quanto à comida na ISS, o guia diz que "é permitido comê-la, para não se passar fome". E no Ramadão, em se jejua do nascer ao pôr do Sol, a referência é também a do fuso horário de onde se descolou.
Shukor ainda apanhou no espaço os últimos dias do Ramadão: "Como muçulmano, espero jejuar. O islão é compassivo. Se não poder jejuar no espaço, posso fazê-lo quando regressar." O astronauta assinalará o fim do Ramadão com a festa do Id al-Fitr, em que oferecerá uma refeição malaia aos colegas. Pena é que nenhum possa saborear grande coisa: no espaço, flui mais sangue do que o normal para a cabeça, pelo que se perde o paladar e o cheiro.
You jive him he will wash you away plus The dracula soul brother plus They plant the living to harvest the dead
Cummin soon in a small obscure cinema nearby ...
sábado, outubro 13, 2007
Loucura....????? Ahhhhh Ahhhhhh
sexta-feira, outubro 12, 2007
quinta-feira, outubro 11, 2007
Rui Rio? É de doidos!
Rui Rio em roda livre já aborrece muito seriamente.
Rui Rio tem um contrato na manga, celebrado secretamente, para sacar e esfregar na cara dos cidadãos e dos tribunais, que são apanhados desprevenidos pelo maquiavelismo da personagenzinha. "Vamos lá fazer um contrato de acolhimento ao La Féria para o garantir mais uns meses no Rivoli, mas só damos dele conhecimento público quando um tribunal qualquer der conta que o concurso foi uma farsa".
Portanto: ai o concurso foi ilegal? Não há problema, acautelámos a coisa com um expedientezinho de que ninguém soube, e o Filipe daqui não sai, daqui ninguém o tira. O mundo é dos espertos, e, tratando-se do Rui Rio, também é dos sérios e rigorosos. Já agora, mete-se no próprio tribunal situacionista um "incidente de recusa" da juíza, que um dia assinou uma petição contra a desfiguração da Avenida dos Aliados e até já foi impedida de decidir uma causa que envolvia a Câmara, vejam lá o calibre da perigosa senhora Juíza. Claro que foi ela própria a pedir o impedimento, mas o soundbyte chega para convencer os ouvintes da Rádio Festival. Posteriormente, eles espalham a notícia.
A CMP é credora de 5% das receitas de bilheteira da concessão, ilegal e cheia de de subterfúgios, à empresa do La Féria. Ainda não foi pago um cêntimo, mas não é isso que é grave. O maravilhoso contrato de acolhimento, o tal que foi sacado da manga, ou da cartola, ou das meias malcheirosas, prevê que esse dinheiro possa ser "trocado" por material técnico para o Rivoli. Ou seja, um favorzinho que se está a fazer ao encenador que, pelos vistos, encontrou um Teatro Municipal decrépito que não servia para os memoráveis 4 anos que o seu humanismo decidiu oferecer à cidade que só agora descobriu que adora.
Já agora, e por falar em pormenores técnicos: amigos condóminos, que bem conhecem o Rivoli, sabem que aquelas placas desniveladas nas paredes do Grande Auditório tinham fins acústicos muitíssimo precisos, e foram retiradas e modificadas sem qualquer cuidado, e não há a certeza de que no final deste calvário do Jesus Cristo Superestrela o som do auditório seja tão bom como foi projectado e de que deu provas?
Há alguma cláusula indemnizatória?
Apetece-me vomitar mais um bocado em cima do Rui Rio, mas só amanhã vou discorrer brilhantemente sobre o último número da revista da CMP.
Rui Rio tem um contrato na manga, celebrado secretamente, para sacar e esfregar na cara dos cidadãos e dos tribunais, que são apanhados desprevenidos pelo maquiavelismo da personagenzinha. "Vamos lá fazer um contrato de acolhimento ao La Féria para o garantir mais uns meses no Rivoli, mas só damos dele conhecimento público quando um tribunal qualquer der conta que o concurso foi uma farsa".
Portanto: ai o concurso foi ilegal? Não há problema, acautelámos a coisa com um expedientezinho de que ninguém soube, e o Filipe daqui não sai, daqui ninguém o tira. O mundo é dos espertos, e, tratando-se do Rui Rio, também é dos sérios e rigorosos. Já agora, mete-se no próprio tribunal situacionista um "incidente de recusa" da juíza, que um dia assinou uma petição contra a desfiguração da Avenida dos Aliados e até já foi impedida de decidir uma causa que envolvia a Câmara, vejam lá o calibre da perigosa senhora Juíza. Claro que foi ela própria a pedir o impedimento, mas o soundbyte chega para convencer os ouvintes da Rádio Festival. Posteriormente, eles espalham a notícia.
A CMP é credora de 5% das receitas de bilheteira da concessão, ilegal e cheia de de subterfúgios, à empresa do La Féria. Ainda não foi pago um cêntimo, mas não é isso que é grave. O maravilhoso contrato de acolhimento, o tal que foi sacado da manga, ou da cartola, ou das meias malcheirosas, prevê que esse dinheiro possa ser "trocado" por material técnico para o Rivoli. Ou seja, um favorzinho que se está a fazer ao encenador que, pelos vistos, encontrou um Teatro Municipal decrépito que não servia para os memoráveis 4 anos que o seu humanismo decidiu oferecer à cidade que só agora descobriu que adora.
Já agora, e por falar em pormenores técnicos: amigos condóminos, que bem conhecem o Rivoli, sabem que aquelas placas desniveladas nas paredes do Grande Auditório tinham fins acústicos muitíssimo precisos, e foram retiradas e modificadas sem qualquer cuidado, e não há a certeza de que no final deste calvário do Jesus Cristo Superestrela o som do auditório seja tão bom como foi projectado e de que deu provas?
Há alguma cláusula indemnizatória?
Apetece-me vomitar mais um bocado em cima do Rui Rio, mas só amanhã vou discorrer brilhantemente sobre o último número da revista da CMP.
terça-feira, outubro 09, 2007
segunda-feira, outubro 08, 2007
Também quase a rebentar, fresquinho e polenizado, e bom, muito bom...
Fennész, Christian Fennész, na Casa da Música no mesmo dia dos Tuxedomoon, e por coincidência também na mesma noite e no mesmo palco. Parece que um bilhete chega para tudo. Mas talvez não para todos...
sábado, outubro 06, 2007
Analise
Dominado por este surto de febre arre-quivista, decidi dar o meu contributo.
Pergunta ardente: quais as palavras mais frequentemente tecladas neste be-logue?
Quem quiser tirar conclusoes, que as tire: burro e' tao habitual como rock, enquanto que salazar e' mais citado que matosinhos.
A culpa morre solteira, mas so porque a informacao e' esteril. Como tal, toca a fazer arranjinhos, e eis o filho do pecado:
(refresh/reload para mais gratificacao)
Algumas notas:
- Malditos genero ... generos, algoritmo haiku a ser aperfeicoado dependendo do tempo.
- Malditas proposicoes, pronomes e o seu protagonismo para pole-positions.
quinta-feira, outubro 04, 2007
O quê?!?
Mais de três mil pessoas encurraladas numa mina na África do Sul???? 3000??
Mais um sinal do iminente Apocalipse.
Mais um sinal do iminente Apocalipse.
quarta-feira, outubro 03, 2007
Um Natal pelo Rio acima
Ai está para re-gáudio das massas uma plastoárvore que estenderá os seus ramos bem alto ultrapassando em altura os coléricos clérigos. A construção já começou com a instalação do emaranhado de tubaria necessário à implantação da dita cuja.
Ò riuzinho e se fosses mas é assinar os papeis que eu preciso em vez de te meteres nestas empreitadas de vibradores sociais.
Esta web 2.0 não pára de surpreender
Primeiros sinais do iminente Apocalipse
terça-feira, outubro 02, 2007
Aos Saltitadores das Arcas Perdidas
A remodelação continua...
Conforme previamente comunicado a todos os condóminos, a remodelação espaço-temporal continua por estas bandas. À custa de um Douro Reserva 2004 do pingo-doce, dumas doses de Thelonious Monk e Electrelane lá editei mais umas 70 postas. Mais uma vez digo, vale a pena remexer o baú do condomínio. Repito, vale mesmo a pena! Ao mesmo tempo, pergunto-me: o que farão os nossos descendentes com tamanha quantidade de informação, registos de pensamentos, diatribes e afins? Isto porque, caros condóminos, dêem uma olhadela ao nosso parco arquivo e multipliquem-no pelo 1º prémio do euromilhões da semana passada e terão uma ideia de um décimo do que se passa na blogosfera ao nível, digamos, da velha europa... Como gostava de ser blog-arquivista em 2094!
P.S.- Acrescentei mais duas secções: conversas de elevador e ao virar da esquina
[edit.aalavic] "Já" vou em Junho de 2006...
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[edit.aalavic] "Já" vou em Junho de 2006...
segunda-feira, outubro 01, 2007
Real Politik/Contas trocadas
01.10.2007
No encontro no rancho do Presidente americano, Bush diz a Aznar que ambos são guiados por um sentido histórico de responsabilidade.
BUSH: Somos a favor de conseguir uma segunda resolução no Conselho de Segurança e queríamos fazê-lo rapidamente. Queríamos anunciá-la segunda ou terça-feira [24 ou 25 de Fevereiro de 2003].
AZNAR: É melhor na terça-feira, depois da reunião do Conselho de Assuntos Gerais da União Europeia. É importante manter o momentum conseguido pela resolução da cimeira da UE [em Bruxelas, segunda-feira 17 de Fevereiro]. Nós preferíamos esperar até na terça-feira.
BUSH: Poderia ser na segunda à tarde, tendo em conta a diferença horária. De qualquer maneira, durante a próxima semana. Redige-se a resolução de modo a que não tenha elementos obrigatórios, que não mencione o uso da força, e que diga que Saddam Hussein tem sido incapaz de cumprir as suas obrigações. Este tipo de resolução pode ser votada por muita gente. Seria parecida com a que se conseguiu para o Kosovo [a 10 de Junho de 1999].
AZNAR: Apresentar-se-ia ao Conselho de Segurança antes e independentemente de uma declaração paralela?
CONDOLEEZA RICE: Na verdade não haveria declaração paralela. Estamos a pensar numa resolução tão simples quanto possível sem muitos pormenores de cumprimento que pudessem servir a Saddam Hussein para os utilizar como etapas e consequentemente não as cumprir. Estamos a falar com [Hans] Blix [chefe dos inspectores da ONU] e com outros da sua equipa para ter ideias que possam servir para introduzir a resolução.
BUSH: Saddam Hussein não vai mudar e continuará a jogar. Chegou o momento de nos desfazermos dele. É assim. Eu, pela parte que me toca, procurarei a partir de agora usar uma retórica o mais subtil possível, enquanto tentamos a aprovação da resolução. Se alguém veta [Rússia, China e França têm como os EUA e o Reino Unido poder de veto no CS da ONU] nós vamos. Saddam Hussein não está a desarmar. Temos de o agarrar já agora. Temos mostrado um grau incrível de paciência. Faltam duas semanas. Em duas semanas estaremos prontos, em termos militares. Creio que conseguiremos a segunda resolução. No Conselho de Segurança temos três africanos [Camarões, Angola e Guiné] os chilenos, os mexicanos. Falarei com todos eles, também com [Vladimir] Putin naturalmente. Estaremos em Bagdad no final de Março. Há 15 por cento de hipóteses de que nesse momento Saddam Hussein esteja morto ou tenha ido embora. Mas estas possibilidades só existem depois de termos mostrado a nossa resolução. Os egípcios estão a falar com Saddam Hussein. Parece que indicou que estaria disposto a exilar-se se o deixassem levar mil milhões de dólares e toda a informação que quisesse sobre armas de destruição maciça. [O líder líbio, Muammar] Kadhafi disse a [Silvio] Berlusconi que Saddam queria ir. [O Presidente egípcio, Hosni] Mubarak disse-nos que nestas circunstâncias há muitas possibilidades de que seja assassinado.
Gostaríamos de actual com mandato das Nações Unidas. Se actuarmos militarmente fá-lo-emos com grande precisão e focalizando muito os nossos objectivos. Temos feito chegar uma mensagem muito clara a Saddam Hussein: tratá-los-emos como criminosos de guerra. Sabemos que acumulou uma enorme quantidade de dinamite para fazer voar pontes e outras infra-estruturas e fazer saltar pelos ares os poços de petróleo. Temos previsto ocupar esses poços muito em breve. Também os sauditas nos ajudariam a pôr no mercado o petróleo que fosse necessário. Estamos a desenvolver um pacote muito forte de ajuda humanitária. Podemos vencer sem destruição. Estamos a planear já o Iraque pós-Saddam, e acredito que há boas bases para um futuro melhor. O Iraque tem uma boa burocracia e uma sociedade civil relativamente forte. Poderia organizar-se numa federação. Enquanto isso, estamos a fazer todos os possíveis para ter em conta as necessidades políticas dos nossos amigos e aliados.
De modo a ajudar-te
AZNAR: É muito importante contar com uma resolução. Não é a mesma coisa actual com ela ou actuar sem ela. Seria muito conveniente contar no Conselho de Segurança com uma maioria que apoiasse essa resolução. De facto, é mais importante contar com maioria do que se alguém emitir um veto. Achamos que o conteúdo dessa resolução deve dizer entre outras coisas que Saddam Hussein perdeu a sua oportunidade.
BUSH: Sim, claro. Seria melhor isso do que fazer uma referência aos “meios necessários” [referência à resolução tipo da ONU que autoriza a utilização de todos os meios necessários].
AZNAR: Saddam Hussein não cooperou, não desarmou, deveríamos fazer um resumo dos incumprimentos e enviar uma mensagem mais elaborada. Isso permitiria por exemplo que o México se mexesse [referência à posição contrária à segunda resolução, que Aznar ouviu da boca do Presidente Vicente Fox numa escala realizada na Cidade do México a 21 de Fevereiro].
BUSH: A resolução será feita de modo a ajudar-te. Tanto me faz o conteúdo.
AZNAR: Faremos com que te cheguem uns textos.
BUSH: Nós não temos nenhum texto. Só um critério: que Saddam Hussein desarme. Não podemos permitir que Saddam Hussein alargue o prazo até ao Verão. Ao fim e ao cabo teve quatro meses nesta última etapa e esse tempo é mais do que suficiente para se desarmar.
AZNAR: Ajudava-nos esse texto para sermos capazes de o patrocinar e sermos seus co-autores e conseguir que muita gente o apoiasse.
BUSH: Perfeito.
AZNAR: Na próxima quarta-feira [26 de Fevereiro] vejo [Jacques] Chirac. A resolução já terá começado a circular.
Cumprimentos a Chirac
BUSH: Parece-me muito bem. Chirac conhece perfeitamente a realidade. Os seus serviços de espionagem já lha explicaram. Os árabes estão a transmitir a Chirac uma mensagem muito clara: Saddam Hussein deve ir embora. O problema é que Chirac acha que é o Senhor Árabe e na realidade está a fazer-lhes a vida impossível. Mas não quero ter nenhuma rivalidade com Chirac. Temos pontos de vista diferentes. Dá-lhe os melhores cumprimentos da minha parte! Quanto menos rivalidade ele sentir que há entre nós, melhor para todos.
AZNAR: Como se combina a resolução e o relatório dos inspectores?
RICE: Na verdade não haverá relatório a 28 de Fevereiro. Os inspectores apresentam um relatório escrito a 1 de Março, e a sua comparência perante o Conselho de Segurança não acontecerá antes de 6 ou 7 de Março de 2003. Não esperamos grande coisa desse relatório. Como nos anteriores, Blix dará uma no cravo e outra na ferradura. Tenho a impressão de que Blix será agora mais negativo do que antes sobre a vontade dos iraquianos. Depois da comparência dos inspectores no Conselho de Segurança devemos prever o voto sobre a resolução uma semana depois. Os iraquianos, entretanto, tentarão explicar que vão cumprindo as suas obrigações. Nem é certo nem será suficiente, ainda que anunciem a destruição de alguns mísseis.
BUSH: Isto é como a tortura chinesa da água. Temos de lhe pôr fim.
AZNAR: Estou de acordo. Mas seria bom contar com o máximo de gente possível. Tem um pouco de paciência.
BUSH: A minha paciência está esgotada. Não penso passar da metade de Março.
AZNAR: Não te peço que tenhas uma paciência infinita. Simplesmente que faças o possível para que tudo se enquadre.
BUSH: Países como o México, Chile, Angola e Camarões devem saber que o que está em jogo é a segurança dos EUA e agir em relação a nós com um sentido de amizade. [O Presidente Ricardo] Lagos deve saber que o Acordo de Comércio Livre com o Chile está pendente de confirmação no Senado e que uma atitude negativa neste tema poderia pôr em perigo essa ratificação. Angola está a receber fundos do Millenium Account [fundo de ajuda da Casa Branca] e também podem ficar comprometidos se não se mostrarem positivos. E [Vladimir] Putin deve saber que com a sua atitude está a pôr em perigo as relações da Rússia com os Estados Unidos.
AZNAR: Tony queria chegar até 14 de Março.
BUSH: Eu prefiro o dia 10. Isto é como o jogo do polícia mau e do polícia bom. Eu não me importo de ser o polícia mau e que Blair seja o bom.
Milosevic, Madre Teresa
AZNAR: É verdade que é possível que Saddam se exile?
BUSH: Sim, existe essa possibilidade. E até que seja assassinado.
AZNAR: Exílio com alguma garantia?
BUSH: Nenhuma garantia. É um ladrão, um criminoso de guerra. Comparado com Saddam, [Slobodan] Milosevic seria uma Madre Teresa. Quando entrarmos vamos descobrir muito mais crimes e vamos levá-lo ao Tribunal Internacional de Justiça de Haia. Saddam Hussein acredita que escapou. Crê que a França e a Alemanha conseguiram congelar as suas responsabilidades. E acredita que as manifestações da semana passada [sábado 15 de Fevereiro] o protegem. E que eu estou muito debilitado. Mas as pessoas que o rodeiam sabem que as coisas são diferentes. Sabem que o seu futuro está no exílio ou num caixão. Por isso é tão importante manter esta pressão sobre ele. Kadhafi disse-nos indirectamente que só isso é que pode acabar com ele. A única estratégia de Saddam Hussein é atrasar, atrasar, atrasar.
AZNAR: Na realidade, o maior sucesso era ganhar o jogo sem disparar um só tiro e entrando em Bagdad.
BUSH: Para mim seria a solução perfeita. Eu não quero a guerra. Sei o que são as guerras. Sei a destruição e a morte que trazem. Eu sou o que tem de consolar as mães e as viúvas dos mortos. Claro, para nós essa seria a melhor solução. Para além de tudo, poupávamos 50 mil milhões de dólares.
AZNAR: Precisamos que nos ajudes com a nossa opinião pública.
BUSH: Faremos tudo o que pudermos. Quarta-feira vou falar sobre a situação no Médio Oriente, propondo um novo esquema de paz que conheces, e sobre as armas de destruição maciça, os benefícios de uma sociedade livre, e situarei a história do Iraque num contexto mais amplo. Talvez vos sirva.
AZNAR: O que estamos a fazer é uma mudança muito profunda para Espanha e para os espanhóis. Estamos a mudar as políticas que o país tem seguido nos últimos 200 anos.
BUSH: Eu sou guiado por um sentido histórico da responsabilidade, como tu. Quando daqui a alguns anos a História nos julgar não quero que as pessoas se perguntem por que é que Bush, ou Aznar ou Blair não enfrentaram as suas responsabilidades. No final, o que as pessoas querem é gozar de liberdade. Há pouco tempo, na Roménia, recordaram-me o exemplo de [Nicolae] Ceausescu: bastou que uma mulher lhe chamasse mentiroso para que todo o edifício repressivo viesse a baixo. É o poder imparável da liberdade, Estou convencido de que conseguirei a resolução.
AZNAR: Óptimo.
Moreno e muçulmano
BUSH: Eu tomei a decisão de ir ao Conselho de Segurança. Apesar das divergências na minha Administração, disse à minha gente que tínhamos de trabalhar com os nossos amigos. Será estupendo contar com uma segunda resolução.
AZNAR: A única coisa que me preocupa é o teu optimismo.
BUSH: Estou optimista porque acredito que estou certo. Coube-nos fazer frente a uma séria ameaça contra a paz. Irrita-me muitíssimo ver a insensibilidade dos europeus face ao sofrimento que Saddam Hussein inflige aos iraquianos. Talvez porque é moreno, longínquo e muçulmano, muitos europeus pensam que está tudo bem com ele. Não esquecerei o que me disse uma vez [Javier] Solana: é porque os americanos pensam que os europeus são antisemitas e incapazes de enfrentar as suas responsabilidades. Essa atitude defensiva é terrível. Tenho de reconhecer que com Kofi Annan tenho relações magníficas.
AZNAR: Partilha as tuas preocupações éticas.
BUSH: Quanto mais os europeus me atacam mais forte sou nos EUA.
AZNAR:Teremos de tornar a tua força compatível com o apreço dos europeus.
@Exclusivo PÚBLICO/ El País@
AZNAR: É melhor na terça-feira, depois da reunião do Conselho de Assuntos Gerais da União Europeia. É importante manter o momentum conseguido pela resolução da cimeira da UE [em Bruxelas, segunda-feira 17 de Fevereiro]. Nós preferíamos esperar até na terça-feira.
BUSH: Poderia ser na segunda à tarde, tendo em conta a diferença horária. De qualquer maneira, durante a próxima semana. Redige-se a resolução de modo a que não tenha elementos obrigatórios, que não mencione o uso da força, e que diga que Saddam Hussein tem sido incapaz de cumprir as suas obrigações. Este tipo de resolução pode ser votada por muita gente. Seria parecida com a que se conseguiu para o Kosovo [a 10 de Junho de 1999].
AZNAR: Apresentar-se-ia ao Conselho de Segurança antes e independentemente de uma declaração paralela?
CONDOLEEZA RICE: Na verdade não haveria declaração paralela. Estamos a pensar numa resolução tão simples quanto possível sem muitos pormenores de cumprimento que pudessem servir a Saddam Hussein para os utilizar como etapas e consequentemente não as cumprir. Estamos a falar com [Hans] Blix [chefe dos inspectores da ONU] e com outros da sua equipa para ter ideias que possam servir para introduzir a resolução.
BUSH: Saddam Hussein não vai mudar e continuará a jogar. Chegou o momento de nos desfazermos dele. É assim. Eu, pela parte que me toca, procurarei a partir de agora usar uma retórica o mais subtil possível, enquanto tentamos a aprovação da resolução. Se alguém veta [Rússia, China e França têm como os EUA e o Reino Unido poder de veto no CS da ONU] nós vamos. Saddam Hussein não está a desarmar. Temos de o agarrar já agora. Temos mostrado um grau incrível de paciência. Faltam duas semanas. Em duas semanas estaremos prontos, em termos militares. Creio que conseguiremos a segunda resolução. No Conselho de Segurança temos três africanos [Camarões, Angola e Guiné] os chilenos, os mexicanos. Falarei com todos eles, também com [Vladimir] Putin naturalmente. Estaremos em Bagdad no final de Março. Há 15 por cento de hipóteses de que nesse momento Saddam Hussein esteja morto ou tenha ido embora. Mas estas possibilidades só existem depois de termos mostrado a nossa resolução. Os egípcios estão a falar com Saddam Hussein. Parece que indicou que estaria disposto a exilar-se se o deixassem levar mil milhões de dólares e toda a informação que quisesse sobre armas de destruição maciça. [O líder líbio, Muammar] Kadhafi disse a [Silvio] Berlusconi que Saddam queria ir. [O Presidente egípcio, Hosni] Mubarak disse-nos que nestas circunstâncias há muitas possibilidades de que seja assassinado.
Gostaríamos de actual com mandato das Nações Unidas. Se actuarmos militarmente fá-lo-emos com grande precisão e focalizando muito os nossos objectivos. Temos feito chegar uma mensagem muito clara a Saddam Hussein: tratá-los-emos como criminosos de guerra. Sabemos que acumulou uma enorme quantidade de dinamite para fazer voar pontes e outras infra-estruturas e fazer saltar pelos ares os poços de petróleo. Temos previsto ocupar esses poços muito em breve. Também os sauditas nos ajudariam a pôr no mercado o petróleo que fosse necessário. Estamos a desenvolver um pacote muito forte de ajuda humanitária. Podemos vencer sem destruição. Estamos a planear já o Iraque pós-Saddam, e acredito que há boas bases para um futuro melhor. O Iraque tem uma boa burocracia e uma sociedade civil relativamente forte. Poderia organizar-se numa federação. Enquanto isso, estamos a fazer todos os possíveis para ter em conta as necessidades políticas dos nossos amigos e aliados.
De modo a ajudar-te
AZNAR: É muito importante contar com uma resolução. Não é a mesma coisa actual com ela ou actuar sem ela. Seria muito conveniente contar no Conselho de Segurança com uma maioria que apoiasse essa resolução. De facto, é mais importante contar com maioria do que se alguém emitir um veto. Achamos que o conteúdo dessa resolução deve dizer entre outras coisas que Saddam Hussein perdeu a sua oportunidade.
BUSH: Sim, claro. Seria melhor isso do que fazer uma referência aos “meios necessários” [referência à resolução tipo da ONU que autoriza a utilização de todos os meios necessários].
AZNAR: Saddam Hussein não cooperou, não desarmou, deveríamos fazer um resumo dos incumprimentos e enviar uma mensagem mais elaborada. Isso permitiria por exemplo que o México se mexesse [referência à posição contrária à segunda resolução, que Aznar ouviu da boca do Presidente Vicente Fox numa escala realizada na Cidade do México a 21 de Fevereiro].
BUSH: A resolução será feita de modo a ajudar-te. Tanto me faz o conteúdo.
AZNAR: Faremos com que te cheguem uns textos.
BUSH: Nós não temos nenhum texto. Só um critério: que Saddam Hussein desarme. Não podemos permitir que Saddam Hussein alargue o prazo até ao Verão. Ao fim e ao cabo teve quatro meses nesta última etapa e esse tempo é mais do que suficiente para se desarmar.
AZNAR: Ajudava-nos esse texto para sermos capazes de o patrocinar e sermos seus co-autores e conseguir que muita gente o apoiasse.
BUSH: Perfeito.
AZNAR: Na próxima quarta-feira [26 de Fevereiro] vejo [Jacques] Chirac. A resolução já terá começado a circular.
Cumprimentos a Chirac
BUSH: Parece-me muito bem. Chirac conhece perfeitamente a realidade. Os seus serviços de espionagem já lha explicaram. Os árabes estão a transmitir a Chirac uma mensagem muito clara: Saddam Hussein deve ir embora. O problema é que Chirac acha que é o Senhor Árabe e na realidade está a fazer-lhes a vida impossível. Mas não quero ter nenhuma rivalidade com Chirac. Temos pontos de vista diferentes. Dá-lhe os melhores cumprimentos da minha parte! Quanto menos rivalidade ele sentir que há entre nós, melhor para todos.
AZNAR: Como se combina a resolução e o relatório dos inspectores?
RICE: Na verdade não haverá relatório a 28 de Fevereiro. Os inspectores apresentam um relatório escrito a 1 de Março, e a sua comparência perante o Conselho de Segurança não acontecerá antes de 6 ou 7 de Março de 2003. Não esperamos grande coisa desse relatório. Como nos anteriores, Blix dará uma no cravo e outra na ferradura. Tenho a impressão de que Blix será agora mais negativo do que antes sobre a vontade dos iraquianos. Depois da comparência dos inspectores no Conselho de Segurança devemos prever o voto sobre a resolução uma semana depois. Os iraquianos, entretanto, tentarão explicar que vão cumprindo as suas obrigações. Nem é certo nem será suficiente, ainda que anunciem a destruição de alguns mísseis.
BUSH: Isto é como a tortura chinesa da água. Temos de lhe pôr fim.
AZNAR: Estou de acordo. Mas seria bom contar com o máximo de gente possível. Tem um pouco de paciência.
BUSH: A minha paciência está esgotada. Não penso passar da metade de Março.
AZNAR: Não te peço que tenhas uma paciência infinita. Simplesmente que faças o possível para que tudo se enquadre.
BUSH: Países como o México, Chile, Angola e Camarões devem saber que o que está em jogo é a segurança dos EUA e agir em relação a nós com um sentido de amizade. [O Presidente Ricardo] Lagos deve saber que o Acordo de Comércio Livre com o Chile está pendente de confirmação no Senado e que uma atitude negativa neste tema poderia pôr em perigo essa ratificação. Angola está a receber fundos do Millenium Account [fundo de ajuda da Casa Branca] e também podem ficar comprometidos se não se mostrarem positivos. E [Vladimir] Putin deve saber que com a sua atitude está a pôr em perigo as relações da Rússia com os Estados Unidos.
AZNAR: Tony queria chegar até 14 de Março.
BUSH: Eu prefiro o dia 10. Isto é como o jogo do polícia mau e do polícia bom. Eu não me importo de ser o polícia mau e que Blair seja o bom.
Milosevic, Madre Teresa
AZNAR: É verdade que é possível que Saddam se exile?
BUSH: Sim, existe essa possibilidade. E até que seja assassinado.
AZNAR: Exílio com alguma garantia?
BUSH: Nenhuma garantia. É um ladrão, um criminoso de guerra. Comparado com Saddam, [Slobodan] Milosevic seria uma Madre Teresa. Quando entrarmos vamos descobrir muito mais crimes e vamos levá-lo ao Tribunal Internacional de Justiça de Haia. Saddam Hussein acredita que escapou. Crê que a França e a Alemanha conseguiram congelar as suas responsabilidades. E acredita que as manifestações da semana passada [sábado 15 de Fevereiro] o protegem. E que eu estou muito debilitado. Mas as pessoas que o rodeiam sabem que as coisas são diferentes. Sabem que o seu futuro está no exílio ou num caixão. Por isso é tão importante manter esta pressão sobre ele. Kadhafi disse-nos indirectamente que só isso é que pode acabar com ele. A única estratégia de Saddam Hussein é atrasar, atrasar, atrasar.
AZNAR: Na realidade, o maior sucesso era ganhar o jogo sem disparar um só tiro e entrando em Bagdad.
BUSH: Para mim seria a solução perfeita. Eu não quero a guerra. Sei o que são as guerras. Sei a destruição e a morte que trazem. Eu sou o que tem de consolar as mães e as viúvas dos mortos. Claro, para nós essa seria a melhor solução. Para além de tudo, poupávamos 50 mil milhões de dólares.
AZNAR: Precisamos que nos ajudes com a nossa opinião pública.
BUSH: Faremos tudo o que pudermos. Quarta-feira vou falar sobre a situação no Médio Oriente, propondo um novo esquema de paz que conheces, e sobre as armas de destruição maciça, os benefícios de uma sociedade livre, e situarei a história do Iraque num contexto mais amplo. Talvez vos sirva.
AZNAR: O que estamos a fazer é uma mudança muito profunda para Espanha e para os espanhóis. Estamos a mudar as políticas que o país tem seguido nos últimos 200 anos.
BUSH: Eu sou guiado por um sentido histórico da responsabilidade, como tu. Quando daqui a alguns anos a História nos julgar não quero que as pessoas se perguntem por que é que Bush, ou Aznar ou Blair não enfrentaram as suas responsabilidades. No final, o que as pessoas querem é gozar de liberdade. Há pouco tempo, na Roménia, recordaram-me o exemplo de [Nicolae] Ceausescu: bastou que uma mulher lhe chamasse mentiroso para que todo o edifício repressivo viesse a baixo. É o poder imparável da liberdade, Estou convencido de que conseguirei a resolução.
AZNAR: Óptimo.
Moreno e muçulmano
BUSH: Eu tomei a decisão de ir ao Conselho de Segurança. Apesar das divergências na minha Administração, disse à minha gente que tínhamos de trabalhar com os nossos amigos. Será estupendo contar com uma segunda resolução.
AZNAR: A única coisa que me preocupa é o teu optimismo.
BUSH: Estou optimista porque acredito que estou certo. Coube-nos fazer frente a uma séria ameaça contra a paz. Irrita-me muitíssimo ver a insensibilidade dos europeus face ao sofrimento que Saddam Hussein inflige aos iraquianos. Talvez porque é moreno, longínquo e muçulmano, muitos europeus pensam que está tudo bem com ele. Não esquecerei o que me disse uma vez [Javier] Solana: é porque os americanos pensam que os europeus são antisemitas e incapazes de enfrentar as suas responsabilidades. Essa atitude defensiva é terrível. Tenho de reconhecer que com Kofi Annan tenho relações magníficas.
AZNAR: Partilha as tuas preocupações éticas.
BUSH: Quanto mais os europeus me atacam mais forte sou nos EUA.
AZNAR:Teremos de tornar a tua força compatível com o apreço dos europeus.
@Exclusivo PÚBLICO/ El País@
É por estas e por outras que sou fiel ao Público, jornal.
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