quarta-feira, outubro 24, 2007

Ao deus-dará

Pfff, que cena. Quarta-feira, quarta-feira, e esta soneira... Pff, já acordei com dor de cabeça. e a A4, A3... Porra, como eu amo as nacionais. (Nacionais, eu vos amo, je vous aime, nationalle!)

Levantei-me cedo, quer dizer, tive de me levantar cedo, coisa que, na verdade, já faço há uns anitos, é verdade, é, a muito contragosto. Bem, que fazer? Talvez render, talvez render.
Fui levar roupa à lavandaria, roupa à costureira... Quem me viu e quem me vê, de curte em curte até curtir a roupa. Enfim, é a vida, é a gardénia da vida.

Trabalho, cheguei ao travail. Ok, ok, muito para fazer, mas tem de ser hoje? iol.pt, carago, até teclo sem olhar para o teclado; Público ponto qualquer coisa; o spordingue, o spordingue, ah e tal; o condominio provado... Ó Durtal, eh pá, tás a ver, não me leves a mal, mas não tens aí por casa um daqueles quadros de cortiça que nunca comprei (que nunca comprei... Mas compro roupa, para levar à lavandaria, à costureira...), aqueles quadros de cortiça, dizia eu tout court (tudo curte, viva, uhuh!), dizia eu se não tens daqueles quadros para pôr as postas, pôr as apostas, por aí. É que sobrou assim este nico de espaço!...

Bem, nha nha nha, e coisa e tal, e lá fui ao cinema na segunda. Ando numa de cinema. Há fases que é bom ter ritmos, coisas fixas, marcadas, coisas a cumprir, sobretudo prazenteiras. E os rituais, meu deus, os rituais: comemos em casa, poupamos uns cobres e vamos ao cinema na nossa zona, que é mais barato, fugimos das pipocas e das lojas de roupa... Não, é segunda-tinhosa-feira, papamos fora um fast-fodace qualquier, damos uma volta, (vemos umas roupas), e vamos ao cinema. Oh, não vamos, há (roupa) para passar a ferro, (roupa) para lavar, (roupa) para arrumar, louça para lavar, louça para enxugar, casa para limpar, a Nãoseiquê Campos Medeia no canal 1...

Cinema.
E prontos, que cena, é daquelas cenas, tás a ver?
Um Azar do Caraças, uma escolha suicida, uma choice masoquista, um virar para a onda holliwoodesca, eu que sempre fui muito in, muito indy, muito independente, muito anti-comercial, muito anti-roupa.

Uma boa surpresa, uma excelente surpresa. Ri-me a bom rir, oh pá, foi mesmo muito engraçado. Por incrível que pareça, pois o argumento (rabumento; rabugento; ragumento; reguadas... hum...), sim, o argumento era naquela, que é uma expressão que, como Pedro Calderón de la Barca dizia, "sem dizer nada, diz tudo". (Bem, esta agora... Hã?? Não foi?)

Eh pá, mas é muito bem conseguido, está lá a vida toda, a gardénia da vidinha. Não estava nada à espera, que cenaça. Os personagens são bem estruturados, e vai-se deep, cada vez mais deep...
"Gostoso,
saboroso,
esse docinho tão gostoso!"
Pfff, não estava nada à espera... É daquelas coisas...

2 comentários:

Anónimo disse...

E o filme foi vencedor do "The Teen Choice Awards"..hmmmmm...

alergiaoregime disse...

Gostei da discrição. Não sei abriu o apetite. Quando voltar tenho que ir ver...

Abraço para o pessoal directamente The Matrix (como chamam a Lunda os locais)