terça-feira, novembro 11, 2008

"Poppy Fascism!" ou "Dulce et decorum est pro patria mori"(para quem ficou ofendido)




Quando nos aproximamos do "Remembrance Day" todos os patriotas do RU tem de exibir na lapela um papoila, tal como Obama foi forcado a usar o “pin” da bandeira da uniao. Todos o apresentadores ou figuras publicas nem se atrevem a sair ‘a rua sem a papoila. Todos menos a Jon Snow, o velho jornalista do Channel 4, que defende que um jornalista nao deve usar simbolos que denunciam uma qualquer posicao politica. No ano passado ficou proibido de apresentar o jornal da noite durante 2 semanas.
Mas quem vive na “sociedade do espectaculo” tem de se colar ‘as imagens maioritariamente aceites e ao fascismo uniformizador das causas nobres, que exige que o cidadao publico seja uma mascara unanime que conduza as massas 'as boas accoes.


7 comentários:

Anónimo disse...

Maldito fascismo uniformizador!

http://www.independent.co.uk/news/media/war-veterans-angered-by-bbc-poppy-ban-615731.html

Anónimo disse...

Excelente exemplo! Essa e' outra forma de uma uniformizacao forcada, neste caso para o canal internacional. Ja' nos canais nacionais quantos tem a coragem de aparecer sem a papiola?

E voz do proprio Jon Snow e outros:
http://www.independent.co.uk/news/uk/this-britain/snow-stop-the-poppy-fascism-423761.html

http://www.channel4.com/apps26/blogs/page/newsroom?entry=why_i_don_t_wear

http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2006/nov/10/post610


E se um jornalista da BBC ou ITV ou Channel 4 aparecesse de papoila branca?
De vez em quando deviamos tambem lembrar as vitimas das bombas britanicas.

Anónimo disse...

Que diabo, no's os exiliados na ilha nunca estamos de acordo!...

aalavic disse...

Olha, nós por cá é mais castanhas! Cumps

Anónimo disse...

Certo, mas...
E quando, por cá, se tentou tirar o 'r' da 'revolução'? Por acaso, alembra-me que, tirando o asco que tinha pelos brilhantes inventores da coisa, Morais Sarmentos e cia., até nem achei um crime por aí além, lesa-pátria. Mas foi um 31.
O Cavacôncio já disse, nas últimas comemorações, que não quer que continuem (as comemorações) na mesma. Vai haver um grande 32 com o BE e o PCP,
mas isso são outras contas e um armistício é um armistício. Vejamos a WWII.
Vá-se à Alemanha e chore-se pelo que foram as cidades, e inventem-se pins novos pelos mortos. Calha mal é terem-se assinalado 70 anos da "Kristallnacht". E agora?
É diferente, mas é igual.
Big hug.

Anónimo disse...

nao 'e a mesma coisa.o "pin" e' um movimento de solideriedade para ajudar os soldados e/ou familias feridos ou mortos em combate. de TODAS as guerras.da primeira, passando pela Coreia e as falkland ate' ao Iraque e Afganistao. ate ja dei dinheiro, mas depois vi a parada em frente a whithall e aquilo era uma manifestacao militarista. transfomou-se no "pin" da bandeira e no "support our troops" dos EUA.

mas nao e' isso que de que falo, mas antes do facto de que ninguem pode criticar este movimento, em especial se for uma figura publica. veja-se o exemplo do primeiro comentario. a BBC e' inundada por criticas por optar excluir,outra parvoice politicamente correcta, a papoila do canal internacional (possivelmente para nao chocar os eventuais estrangeiros ofendidos). depois foi o jon snow,que defendeu apenas o direito a nao usar, e foi quase crucificado.

imagina-te no texas sem o teu "pin" de bandeira americana ou em nova iorque sem o teu "ribbon" da luta contra a sida. ou uma estrela de hollywood a apoiar o McCain. ou em portugal em 1998 a defender que timor leste nao e' um pais economicamente viavel (GANDA FACHO)...
concordo com trey parker e o matt stone do south park que seria melhor termos as celebridades mais amorais a deixarem cada um pensar por si. mas isto sou eu que estou a ficar velho...

Anónimo disse...

Caríssimo, quando falei da campanha '25 de Abril é evolução', quis falar precisamente dos atavismos à volta dos símbolos. Da intocabilidade desses símbolos e da indisponibilidade para, sequer, pensar-se se até não seria uma boa ideia, um bom slogan para a celebração naquele ano em particular. Para mim, até era. Mas foi o tal 31. O horror, o horror.
No exemplo que dei da Alemanha, quis ir no mesmo sentido. Dresden, Berlim, Munique, Frankfurt, Colónia, etc, etc. Visitem-se estas cidades (e eu conheço algumas) e imagine-se o que eram antes dos bombardeamentos. E o que se perdeu de gente nesses momentos. Como tu dizes, 'devíamos também lembrar as vítimas das bombas britânicas'. Estive sempre de acordo, Ágil Ulfo. A 'boutade' dos pins foi para gozar com a solenidade(?) das papoilas.
É difícil desalinhar. Ou se é um misfit, ou candidato a revisionista, ou traidor, ou escapista, ou urbano/suburbano alienado.
Claro que tudo piora quando se é uma figura pública, mas nem no café é fácil ser um não-alinhado, não vergado sob o peso da narrativa histórica. E, convém chamá-la à barra, da ideia do politicamente correcto.