sexta-feira, janeiro 25, 2008
Fascínio por estes facínoras.
Hoje, nas Quintas de Leitura no Teatro do Campo Alegre, noite de fascínio. O amigo valter em boa hora me reservou dois bilhetinhos e lá deixou duas outras pessoas infelizes, que aquilo esgotou num ou dois dias.
Uma encantadora francesinha, a menina Chat, desenvolta qb ao piano com canções "très parisiennes", voz de miúda e letras de mulher, por vezes foi uma pequena delícia.
Depois, o nosso Pedro Lamares, o Isaque Ferreira e o Adolfo Luxúria Canibal leram textos do último livro de poemas do valter, "bruno", editado apenas em Espanha. O Lamares e o Isaque estão cada vez melhores; o Adolfo, com aquela voz, é uma aposta ganha, claro... Os poemas voltaram a ser esmagadores, depois de um ou dois livros não. Mas, claro, entretanto tivemos os romances...
Mas a seguir veio o que tinha posto o pessoal a coçar-se com curiosidade pelo anúncio prévio. A estreia de uma banda, cujo vocalista é o valter (a medo e com muita lata, nas palavras do próprio), António Rafael e Miguel Pedro (ambos Mão Morta) e Henrique Fernandes (Mécanosphère, universo Soopa). Bem... bom... enfim... deu cabo de nós. Mesmo. Mãos suadas, tensão a espalhar-se pelo (nosso) corpo todo, aquele criaturo lá no palco a chegar a umas altitudes que nos retirariam todo o ar e rebentariam com as cabeças se fôssemos nós a tentar escalar aquelas canções. Já me pergunto: de tsunami em tsunami (Saramago dixit), o que é que ele anda a fazer connosco?
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